Josias de Souza - A Câmara impôs a Dilma Rousseff mais um par de derrotas na noite desta quarta-feira. Ao aprovar a medida provisória editada pela presidente para corrigir a tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, os deputados empurraram para dentro do texto duas emendas. Ambas retiram dinheiro do Tesouro Nacional num instante em que o governo tenta fechar o cofre.
Uma das emendas, de autoria do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), isentou o óleo diesel do PIS e da Cofins. Passou por 231 votos a 143. Outra, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), autorizou os professores a deduzirem do Imposto de Renda as despesas com a aquisição de livros. Prevaleceu por 222 votos a 199. Neste caso, houve duas abstenções.
Não há, por ora, notícia sobre o impacto financeiro das duas emendas. Embarcadas na MP da tabela do Imposto de Renda, as caronas seguiram para o Senado. Não são negligenciáveis as chances de os senadores endossarem as decisões dos deputados. Nessa hipótese, não restará a Dilma senão a alternativa de vetar as novidades enfiadas dentro de sua medida provisória.
Confirmando-se os vetos, Dilma comprará briga com duas categorias numerosas e bem organizadas: os caminhoneiros, principais consumidores de óleo diesel, e os professores, protagonistas da suposta “Pátria Educadora”. LEIA MAIS »
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