O governador Rui Costa defendeu, nesta terça-feira (16), que os policiais que não atuarem dentro da lei sejam punidos e demitidos das corporações. Durante entrevista a Mario Kértesz, da rádio Metrópole, o gestor afirmou que a instituição não precisa ser temida para ser respeitada, e citou o caso de Geovane, jovem que desapareceu após uma abordagem da Polícia Militar e teria sido torturado e morto dentro da sede da Rondesp. “Eu quero uma polícia forte, uma polícia efetiva, mas que atue dentro da lei. As atitudes individuais equivocadas vão ser punidas. Como no caso do menino Geovane, no subúrbio. Ali foi um ato criminoso, de covardia, que foi feito por alguns servidores públicos que eventualmente estavam vestindo farda. E espero que, logo logo, com a decisão da Justiça, eles deixem de vestir farda. Não merecem e não honraram a farda que vestiam”, afirmou. Rui citou, ainda, o caso do policial que matou um cachorro em Teixeira de Freitas, no sul do Estado. “Uma pessoa daquela não tem condições de usar farda e portar arma. Aquilo não e uma atitude de uma pessoa com equilíbrio. Imagina uma pessoa daquela na rua em contato com a população. Foi uma covardia”, criticou. Ainda assim, o governador não deu margem para que seu discurso também fosse utilizado no caso das 12 mortes do Cabula, em Salvador, que segundo a versão da polícia ocorreu durante uma troca de tiros com traficantes. “Uma coisa é isso [caso Geovane]. A outra coisa é quando o policial chega em uma abordagem e é recebido com bala. Eu digo sempre para a corporação: eles terão meu apoio quando atuarem com firmeza, com determinação e com respeito ao cidadão que está do outro lado. E terão minha condenação quando fugirem do respeito à lei e ao outro ser humano”, resumiu. BN
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