por Paulo Brito - Várias vezes aqui se foram reportado à baixa competitividade dos produtos brasileiros na economia internacional. Sem dúvida essa é a razão pela qual o Brasil é um país pouco aberto para o exterior. Embora sendo a sétima economia mundial, somente participa de 1,3% das transações internacionais, assim considerado um “país pequeno” da espécie. Corroborando isso, pela quinto ano consecutivo, o Brasil perdeu posições no ranking das economias competitivas globais. Não é dizer que foi só com Dilma em todo o seu tempo até agora, mas caiu também no último ano da era Lula, mesmo o País tendo crescido 7,6% em 2010. Em 2014, o País recuou duas posições, entre 61 nações, passando a ser o 56º, em termos de eficiência para fazer negócios, consoante o World Competitiveness Yearbook, anuário de negócios da empresa Suíça IMD, publicação desde 1989. É a pior classificação desde 1996, quando passou a fazer parte do referido livro. Para este 2015 os organismos internacionais, tipo FMI, BIRD, estão projetando um crescimento médio mundial acima de 3,5%, estando projetado para o Brasil – 1,2%, pela própria equipe econômica e de – 2% pelo mercado financeiro. Muito provavelmente o País cairá ainda mais ou ficará como está no livro a ser divulgado em 2016.
Os cinco países menos competitivos do mundo, sendo o Brasil o sexto, são Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela, nesta ordem negativa. Referidos países possuem situação política, econômica e internacional consideradas caóticas, em relação à democracia, economia e negócios brasileiros. Entre os cinco países mais competitivos lideram os Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá, nesta ordem.
Nessa coluna não há um pessimismo exagerado com o Brasil. Muitas vezes se elogiou a política econômica do governo Lula, que manteve os principais fundamentos da economia, tais como o Plano Real (fundamento monetário), Lei de Responsabilidade Fiscal (fundamento fiscal), o regime de metas de inflação (fundamento da estabilidade), o câmbio flutuante (fundamento das relações de troca internacionais, estando valorizado com ele, porque o Brasil tinha superávits comerciais e atraia muitos capitais externos). A gestão econômica da presidente Dilma no primeiro mandato foi um desastre. O Plano Real esteve ameaçado, visto que as famílias começaram a fazer estoques preventivos de produtos (não tantas). A Lei de Responsabilidade Fiscal foi descumprida diversas vezes, mediante pedaladas para fechar as contas anuais de 2011 a 2014. A inflação sempre esteve acima da meta, beirando o teto de 6,5%, estando neste ano acima de 8%. O único que se salvou foi o câmbio flutuante. Portanto, no seu segundo mandato, a nova equipe econômica está querendo salvar os principais fundamentos da economia, começando com o ajuste fiscal, no caminho certo. Mas, precisa urgentemente definir as reformas estruturais. por Paulo Brito
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