- As manifestações deste final de semana serviram para mostrar que a expressão "deitado eternamente em berço esplêndido" vai servir apenas para integrar nosso lindo Hino Nacional. Não terá mais analogia com o brasileiro, pela forma como nunca reclamava do desrespeito dos políticos com ele, como cidadão, vítima de uma das mais altas cargas tributárias do mundo, quase nada recebendo em troca;
- Quando começaram as articulações para as manifestações deste domingo, o Governo, massacrado pela repercussão da Operação Lava-Jato, passou a se preocupar sobre como minimizar os prováveis prejuízos políticos. Surgiu a idéia das manifestações de sexta-feira passada. Foi como um tiro no pé. A comparação entre os dois eventos foi inevitável. Perderam de goleada, como naquele famigerado Alemanha 7 x Brasil 1, na Copa do Mundo;
- De todas as cenas mostradas no dia de hoje, mais que a de uma multidão superior a 1 milhão de manifestantes, a mais emblemática é a que mostra a praia de Copacabana praticamente vazia de banhistas, porque cerca de 300 mil pessoas optaram por ficar durante horas no asfalto quente para reclamar contra o Governo, que apostara no espírito carioca, muito chegado a praia, sol e futebol;
- A presidente Dilma, que se declara presidente de 200 milhões de brasileiros, não teve coragem de dar uma resposta imediata ao povo, mandando dois ministros falar em nome dela, que se limitaram a repetir chavões do tempo da campanha eleitoral. Outro grande ausente foi aquele que se arvora como o brasileiro de maior índice de popularidade, o ex-presidente Lula. Ninguém sabe dele, ninguém viu;
- O recado foi dado. Uma coisa é certa. Antes de superfaturar para pegar propina, os políticos vão pensar profundamente, porque o povo já avisou que não quer continuar a ser roubado. Os pedidos de impeachment, intervenção militar e o "fora Dilma" foram minoria. A verdade é que o gigante acordou e o Governo terá que mudar de atitude. por Airton Leitão
domingo, 22 de março de 2015
O 'gigante adormecido' está saindo de sua eterna sonolência
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