A mãe de Igor Oliveira Falcão, de 20 anos, executado com três tiros à luz do dia, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, falou, nesta quinta-feira, sobre a absolvição de dois dos quatro acusados do crime. Fonte: Extra
Para a doméstica de 44 anos, o fato de Paulo Roberto Pereira Bruno e Gabriel Fernandes Araújo não terem sido considerados culpados do crime de homicídio duplamente qualificado pelo júri popular deixou uma “imensa sensação de impunidade”.
- Neste mundo não tem justiça. É difícil até mesmo encontrar o que dizer agora. Nunca imaginava uma coisa dessas, não esperava... A filmagem mostra o que aconteceu. Não deixa qualquer dúvida - disse ela, que pediu para não ser identificada.
A doméstica contou que pretende se reunir com o defensor público que acompanha o caso para ver se há alguma medida judicial possível a ser tomada para que o júri seja anulado:
- Esperei quase um ano e dois meses por esse dia (do julgamento) desde que meu filho foi morto. E aí tudo o que me resta é ver essas pessoas que assassinaram meu filho saírem da situação como se não tivessem feito nada. Não posso ficar parada e aceitar isso.
Apesar de se dizer "desiludida" com a absolvição dos acusados, a doméstica mantém as esperanças de ver outros dois acusados do crime pagarem por ele: Douglas Idael Pereira Ramos, que disparou os tiros e está foragido, e Cleiton da Conceição Antônio de Miranda, que será julgado no dia 24 deste mês.
- Minha força, que Deus me dá, é para ver o Douglas preso. Ele executou o meu filho e não pode ficar andando por aí impunemente. Ele tem que ser preso - disse ela.
Igor foi morto em 2 de janeiro de 2014, na Estrada Plínio Casado, no bairro da Prata. Ação foi gravada por um cinegrafista. As imagens, que passaram a circular em redes sociais, mostram a vítima sentada no chão, sendo segurada pela cabeça por Paulo Roberto. Segundos depois, chega Douglas, na garupa da moto pilotada por Cleiton, saca uma pistola e dispara três vezes. Igor ainda tenta se defender levantando os braços e abaixando a cabeça.
Um mês antes da execução, Douglas foi condenado por porte de arma. No entanto, o atirador não foi para a cadeia. De acordo com a sentença da juíza Renata Travassos de Macedo, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, proferida no dia 17 de dezembro de 2013, a pena de dois anos de reclusão foi substituída por “prestação de serviços à comunidade” e “prestação pecuniária, consistente no pagamento de um salário mínimo à entidade pública ou privada com destinação social a ser indicada no momento da execução”.
O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece uma recompensa de R$ 2 mil por pistas que levem à captura de Douglas. Segundo o órgão, desde o lançamento do cartaz com a foto do acusado, em fevereiro de 2014, foram recebidas seis denúncias sobre o possível paradeiro dele. As informações foram encaminhadas à Polícia Civil.
O jovem morto também tinha histórico criminal. Foi condenado por tentativa de roubo e ficou preso por um ano. Fonte: Extra
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