A recessão esperada para o Brasil será a mais forte em um quarto de século. Essa é a previsão do banco britânico HSBC. A instituição prevê contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% em 2015. "Se nossa previsão se confirmar, será o pior desempenho para a economia brasileira em 25 anos". O pessimismo é explicado pelo investimento "excepcionalmente fraco" em meio à falta de confiança empresarial e problemas dos setores de petróleo e gás e construção. Outro fator negativo é a contenção do consumo pela piora do mercado de trabalho e redução da renda disponível. Em relatório sobre as perspectivas da economia global no segundo trimestre, a equipe de economistas do HSBC desenhou cenário bastante pessimista para o Brasil. Entre os 46 países e regiões econômicas com previsões no relatório, apenas três países devem amargar recessão em 2015: Brasil, Argentina (-2%) e Rússia (-3,5%). Nenhuma economia desenvolvida deve registrar contração. Para 2016, o banco espera que o PIB brasileiro deve se recuperar com crescimento de 2,3%. "As expectativas para a economia brasileira continuam a deteriorar-se.
Dois fatores ajudam a explicar o fraco desempenho da economia: investimento excepcionalmente fraco e contenção do consumo", diz o estudo divulgado na manhã desta sexta-feira, 20, na capital britânica. O trecho do documento dedicado ao Brasil é assinado pelo economista-chefe do HSBC em São Paulo, Constantin Jancsó. Entre as razões do pessimismo, o HSBC nota que há piora da confiança empresarial por uma série de fatores. Além da deterioração das perspectivas econômicas e das preocupações com o risco de racionamento elétrico - aspectos que já influenciavam em 2014, o relatório cita que a situação piorou com as dificuldades do setor de petróleo e gás e construção em meio às investigações sobre suposto esquema de corrupção na Petrobras. Isso deve fazer com que o volume de investimento em ativos fixos caia 8% em 2015. Apesar do pessimismo com as implicações imediatas do escândalo na Petrobras, o HSBC tem uma visão relativamente otimista sobre o efeito de longo prazo do caso. "As investigações podem ser muito benéficas se conduzirem a uma melhora da governança corporativa e uma interação mais transparente entre o setor público e privado", diz o trecho assinado por Jancsó. *Bahia Notícias
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