Para suprir a falta do 11º integrante do Supremo Tribunal Federal, ainda não indicado pela presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro Dias Toffoli se dispôs a compor a Segunda Turma da corte, responsável pelos julgamentos dos políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. A formalização da proposta de Toffoli ocorreu na noite desta terça-feira (10), após sugestão do ministro Gilmar Mendes para que houvesse transferência de um nome da Primeira para a Segunda Turma, de modo a evitar empates nas votações. "Estamos há quase oito meses com a composição incompleta, o que afeta o funcionamento do tribunal, especialmente neste momento. Essa composição incompleta apresenta inconvenientes, especialmente agora, que começaremos a analisar inúmeros inquéritos nesta turma", explicou Mendes. O requerimento de transferência de Toffoli foi encaminhado ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Os demais integrantes da Segunda Turma são Teori Zavascki, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Antes de assumir a vaga deixada pela aposentadoria do ministro Ayres Britto em 2013, Toffoli atuou como advogado eleitoral do Partido dos Trabalhadores e como assessor da Casa Civil no governo Lula. Sua indicação ao STF pela presidente Dilma Rousseff foi alvo de críticas dos partidos de oposição, sob a acusação de que atuaria na corte em favor do governo petista. Agora, à frente da Segunda Turma o ministro presidirá inquéritos contra políticos do PT, PMDB, PP, PSDB e PTB. BN
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