MS - Uma das enfermeiras que ajudou no socorro a uma criança de sete meses, que nasceu no banheiro de uma unidade de saúde, em Campo Grande, prestou depoimento nesta sexta-feira (6).
Para a delegada Cláudia Angélica Gerei, adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), ela disse que a equipe médica encontrou o recém-nascido no vaso.
“A mulher disse que o bebê estava no vaso, em meio a fezes, urina, sangue e só se salvou porque ainda estava envolto na placenta. O que estamos tentando entender, neste momento, é o lapso temporal entre a mãe pedir o socorro médico”, afirmou ao G1 a delegada.
Conforme o depoimento da mãe da jovem de 26 anos, ela saiu do banheiro e imediatamente chamou a mãe, dizendo que ‘algo havia saído do seu corpo’.
No entanto, questionada, a enfermeira ressaltou que a jovem saiu do banheiro, foi para o quarto, deitou e somente após um tempo chamou a mãe, contando o fato.
“É esse período que precisamos entender o que realmente aconteceu. As mães ainda não prestaram depoimento. Elas foram intimadas e uma delas continua internada, sendo que a outra não compareceu na delegacia. Até então, não é possível falar em algo criminoso”, explicou a delegada.
Já a parente da mãe que sofreu aborto garantiu que a jovem sabia da gravidez. “Ela disse que a prima buscou atendimento médico há duas semanas, pois estava com pressão alta. Do posto de saúde, ela teria sido levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) para a Santa Casa”, finalizou a delegada.
Entenda o caso
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar um aborto e outra tentativa de aborto ocorridos na manhã desta quinta-feira (5), em Campo Grande. Por volta das 6h (de MS), quase ao mesmo tempo, as mães teriam comunicado o fato.
“Os funcionários me disseram que foi um susto enorme na hora em que aconteceu o fato. Elas ainda permanecem internadas na Santa Casa e acredito que amanhã já podem dar os primeiros esclarecimentos”, comentou Gerei.
A primeira mulher de 26 anos estaria grávida de sete meses. Para a delegada, ela disse que estava medicamento para emagrecer e não sabia da gravidez. Já a outra ainda não deu declarações. No primeiro caso nasceu uma menina, porém a outra criança nasceu morta, conforme a delegada.
Os procedimentos serão investigados pela 7ª Delegacia de Polícia. Fonte: G1
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