A taxa de detecção de aids em jovens brasileiros com idades entre 15 e 24 anos, no período de 2004 a 2013, cresceu de 9,6 para 12,7 casos por 100 mil habitantes. Os dados são do Ministério da Saúde e apontam um aumento de cerca de 32%. Tal crescimento reflete a falta de preocupação dos adolescentes com a doença. De acordo com o infectologista Adriano Oliveira, os jovens, por não terem nascido nos anos 90, não viveram a época de auge da aids, e, talvez seja esse o motivo do aumento. "A geração que viu esse momento é mais atemorizada pela aids. Ícones da música como Cazuza e Renato Russo, que morreram da doença, chocavam a população. Hoje, se fala muito pouco sobre o assunto o que diminuiu o impacto da doença. Os jovens não se preocupam tanto, não recebem a orientação adequada", diz o especialista. Ele completa afirmando que é comum ouvir diversos mitos que cercam o HIV/ Aids até hoje. "Ainda escutamos muitas frases relacionadas a cura da doença, como aqueles que acreditam que após a ingestão de remédios, podem ser tratados. É importante ressaltar que a aids ainda não tem cura!", finaliza. Para mudar este cenário, o infectologista acredita que é preciso informação para orientar os jovens. "As pessoas precisam, primeiro, ter conhecimento sobre o que é e quais são as consequências desta doença. A principal providência é investir em informação, este trabalho deveria ser feito um a um, indo nas escolas e conversando com os adolescentes" , disse Adriano Oliveira. Cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids hoje no Brasil, a doença, segundo o boletim epidemiológico divulgado no ano passado, está estabilizada no país, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Este número representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano. Leia mais AQUI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário