O promotor Alberto Nisman, em maio de 2013 (Foto: Photo/Natacha Pisarenko, File)
A juíza e ex-mulher do promotor Alberto Nisman, Sandra Arroyo Salgado, afirmou nesta quinta-feira (5) que Nisman foi "vítima de homicídio sem dúvida". Disse ainda, de acordo com o jornal argentino Clarín, que esta teoria "tem respaldo com rigor científico" e que "descarta com contundência a hipótese de acidente e suicídio".
Segundo a publicação argentina, a mãe das duas filhas de Nisman – de 15 e 8 anos – contratou uma equipe de peritos para investigar a misteriosa morte dele,encontrado com um tiro na cabeça em seu apartamento, em Puerto Madero, Buenos Aires, dia 18 de janeiro. Nisman acusava a presidente Cristina Kirchner de acobertar ex-governantes iranianos pelo atentado à entidade judaica AMIA, que deixou 85 mortos em 1994.
"Nisman não sofreu um acidente, não se suicidou. Mataram ele", disse a juíza em entrevista coletiva na qual apresentou as conclusões do relatório, segundo o Clarín.
Autoridades argentinas ainda não apresentaram uma versão oficial sobre o caso. No entanto, sobre o que divulgaram até agora, não descartam a hipótese de suicídio.
Sandra sustentou que "a morte violenta" de Nisman ocorreu em um "contexto político e judicial". Segundo a juíza, Nisman não morreu instantaneamente mas agonizou. Seu corpo não apresentava espasmo cadavérico – contra o que afirmou a promotora do caso –, foi movido de sua posição original e não havia presença de álcool em sangue.
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