O Brasil precisará investir cerca de R$ 4,5 trilhões em desenvolvimento urbano e obras de infraestrutura entre 2015 e 2022, segundo projeção elaborada pela consultoria Ex Ante, a pedido da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Os investimentos nas duas áreas devem ser de aproximadamente R$ 560 bilhões por ano, valor que deve corresponder, em média, a 9,8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro nesse período. Em 2014, a estimativa aponta para um total investido de R$ 460 bilhões, ou 9,1% do PIB.
O estudo aponta que o País vai necessitar de 11,548 milhões de novas moradias nos próximos sete anos, uma produção de cerca de 1,4 milhão de habitações por ano. Mais de 9,1 milhões de casas serão necessárias para atender às 1,144 milhões de famílias que devem se formar por ano no período.
Para eliminar a precariedade habitacional, o Brasil precisará também de outras 1,57 milhão de residências, além das 849 mil necessárias para reduzir a coabitação. A construção dessas novas moradias, segundo a pesquisa, deve consumir R$ 201,6 bilhões por ano até 2022, ante menos de R$ 100 bilhões por ano investidos até 2010.
Os totais investidos em infraestrutura devem somar R$ 1,7 trilhão no período, o que equivale uma média anual de R$ 222 bilhões, valor 20,8% maior do que o registrado entre 2010 e 2014. Por outro lado, a estimativa de crescimento dos investimentos na área em relação ao PIB brasileiro é considerada modesta pela Fiesp, ficando em 3,8%. "Isso significa dizer que o cenário de investimentos não prevê uma solução imediata das carências do país em termos de infraestrutura", explicam os autores do estudo.
Ainda de acordo com a pesquisa, o PIB total da cadeia de construção somou R$ 367,3 bilhões em 2014, ou 7,3% da renda brasileira. O segmento de construção civil deve corresponder a 61% do montante valor adicionado. Já o PIB da indústria de materiais, máquinas e equipamentos, segundo as projeções, totalizou R$ 53 bilhões no ano passado, 3,5% maior do que o apresentado em 2007, ano da última pesquisa. Foto: Getty Images - Fonte: Estadão Conteúdo
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