Sonhar acordado, pensar na morte da bezerra, se desligar do mundo por alguns instantes.... Cada um chama de um jeito esses momentos em que a gente fica com a cabeça na lua...
E isso não faz mal. Ao contrário!
Um novo estudo da Universidade de Bar-Ilan, em Israel, mostra que deixar a mente divagar pode trazer vantagens cognitivas e contribuir para tornar o cérebro mais eficiente.
Os pesquisadores conseguiram demonstrar que estímulos elétricos externos de baixa voltagem alteram o modo como pensamos, medindo, com precisão, a frequência com que o cérebro nos leva a sonhar acordados, ou a ter pensamentos espontâneos. Com informações do BoasNotícias
No trabalho, publicado este mês na revista científica Proceedings of National Academy of Sciences, a equipe descobriu que, além de oferecer um "escape mental" durante a realização de tarefas aborrecidas, o ato de sonhar acordado tem um "efeito positivo e simultâneo" no desempenho do cérebro.
Pesquisa
Os cientistas submeteram um grupo de voluntários a um procedimento de estimulação transcraniana por corrente direta ("tDCS", na sigla inglês), uma técnica "não invasiva e indolor" que estimula partes específicas do cérebro.
Durante o procedimento foi pedido aos participantes que seguissem e respondessem a números que apareciam numa tela de computador e, periodicamente, que relatassem - numa escala de um a quatro - a frequência com que experimentavam pensamentos espontâneos não associados à tarefa durante a sua realização.
Além de não prejudicar o desempenho dos indivíduos na realização de uma determinada tarefa, a experiência provou que sonhar acordado contribui mesmo para uma maior eficácia.
Segundo Bar, este "resultado surpreendente" pode estar relacionado com o facto de convergirem, numa única região do cérebro, os mecanismos de execução de uma função e o pensamento livre.
"Este envolvimento duplo do cérebro parece estar relacionado com a criatividade e o humor e contribui para a capacidade de uma pessoa se manter concentrada na tarefa que tem em mãos, mesmo que a mente divague", finaliza o pesquisador
"Concentramos a estimulação elétrica na área dos lobos frontais porque esta região do cérebro já tem sido associada à divagação da mente e porque é um ponto central da rede cerebral de execução de tarefas, que nos permite organizar e nos preparar para o futuro", explica Moshe Bar, um dos autores do estudo. Veja o estudo em inglês aqui.
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