Pacientes diabéticos descobriram uma nova forma para aumentar a autoestima e fazer a identificação sobre a doença, recomenda pelos médicos.
Normalmente a recomendação é para levar consigo um colar, uma pulseira, ou um cartão que diga: "sou diabético" para facilitar o atendimento médico em caso de uma emergência.
Mas alguns pacientes têm adotado uma forma radical de se identificarem: a tatuagem.
Uma campanha promovida pela associação ADJ Diabetes Brasil está divulgando a experiência de pacientes que aderiram à estratégia, como o atleta e professor de educação física Emerson Bisan, de 40 anos.
Diagnosticado com diabetes tipo 1 quando tinha 21 anos, ele fez uma tatuagem que o identifica como diabético há duas semanas.
“Sabemos que um dos cuidados que temos que tomar é sempre andar com uma identificação. Nada melhor do que uma identificação que nunca vai sair do seu corpo”. Antes da tatuagem, ele usava uma medalha que informava sobre a doença e fornecia um telefone de emergência.
Como ele se relaciona com outros pacientes – o atleta lidera um grupo de corrida formado por diabéticos – Emerson também vê a tatuagem como uma das forma de incentivar as pessoas a aceitar e assumir a doença e o tratamento.
Importância
“Se alguém chega desacordado a uma emergência de um hospital e o profissional tem a informação rápida de que a pessoa tem diabetes, ele vai fazer o exame de ponta de dedo e entrar rapidamente com glicose endovenosa em caso de hipoglicemia, procedimento que pode salvar vidas”, diz a médica Denise Franco, diretora de educação da ADJ.
O estudante João Francisco Gentile Fink, de 18 anos, também aderiu.
“Não foi difícil tomar essa decisão. Já tinha uma tatuagem e achei a campanha muito interessante.”
Ele escolheu desenhar um frasco de insulina no braço, além da informação de que tem diabetes tipo 1.
O desenho foi inspirado em uma ilustração presente na nota de 100 dólares canadenses.
“Fiz intercâmbio no Canadá e lá foi o primeiro lugar em que sintetizaram a insulina em laboratório”, conta.
Onde fazer
A médica Denise Franco observa que a tatuagem é apenas mais uma forma de se identificar como diabético e que, caso o paciente opte por ela, é importante escolher um estabelecimento seguro, além de consultar seu médico para saber se ele pode se submeter ao procedimento.
“É preciso ver se o controle glicêmico está bom. Caso não esteja, há mais risco de ter uma infecção secundária devido à tatuagem.”
A campanha da ADJ, chamada IdentiArte, também promove um concurso que vai dar tatuagens a diabéticos que contarem suas histórias.
Interessados devem se inscrever no site da campanha até 5 de dezembro. Com informações do G1
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