O cantor Roberto Carlos entrou com uma ação na Justiça contra o grupo JBS, dono da marca Friboi, exigindo o pagamento de uma multa milionária por ter rompido um contrato publicitário de R$ 25,5 milhões, amplamente divulgado em fevereiro deste ano.
No processo, os advogados do artista pedem que a JBS pague R$ 7,2 milhões pelo rompimento, mas a empresa afirmou que só aceita pagar uma indenização de R$ 3,2 milhões.
O artista tentou manter o processo em segredo de Justiça, mas a 38ª Vara Cível de São Paulo negou o sigilo e tornou a disputa pública, alegando não haver justificativa legal para isso.
Cinco empresas ligadas ao cantor – Natureza, RDC Eventos, Amigo Produções, Atlântico Promoções e DC Set Shows – teriam direito a parte da multa. Também foi rompido um contrato firmado no exterior com as empresas JBS USA Holdings, INC e Chaterella Investors Limited, mas a JBS afirmou que só pagaria uma eventual multa fora do país.
Ex-vegetariano não convenceu
Roberto Carlos ganhou os holofotes em fevereiro, quando o JBS anunciou sua contratação como garoto-propaganda das marcas Friboi e Swiss. Também ficou acordado que o “rei” emprestaria sua imagem para uma série de ações da empresa. Roberto Carlos chegou a receber R$ 4,5 milhões por emprestar sua imagem ao grupo.
Ao estrelar um comercial de TV no qual pedia um suculento bife, o cantor recebeu severas críticas por não ter sequer saboreado o pedaço de carne, colocando em dúvida a notícia de que teria deixado de ser vegetariano.
O frigorífico rompeu o contrato com o artista no último dia 16 de julho, mas o caso somente veio a público esta semana. Segundo os advogados do cantor, a rescisão foi feita de forma unilateral. Ou seja, de iniciativa de uma das partes, apenas.
A defesa do cantor também acusa o JBS de continuar utilizando as obras “lítero-musicais, fonogramas e gravações de voz em suas campanhas publicitárias” de forma irregular. Os advogados alegam que o uso deveria ter sido cessado após o fim do contrato.
Imóvel em Cubatão
Como garantia de pagamento da multa exigida pela Justiça, o grupo ofereceu a penhora de um imóvel que possui em Cubatão, no litoral paulista, avaliado em R$ 10 milhões.
Mas a defesa do cantor questionou a metodologia do laudo que avaliou o imóvel, um complexo industrial, alegando que ele vale apenas uma pequena fração do que foi informado.
Procurados, a JBS e a assessoria do cantor não se manifestam sobre o assunto. Os advogados do artista também foram procurados e negaram-se a comentar o processo. Foto: Darlan Alvarenga/G1 - Fonte: G1, em São Paulo
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