Amanda Almeida / www.correiobraziliense.com.br
A Polícia Federal indiciou o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato por nove crimes referentes ao passo a passo de sua fuga para a Itália. A investigação sobre o caso, divulgada nesta sexta-feira (31/10), foi concluída ontem. Entres os crimes estão falsidade ideológica por ter requerido documentos falsos em nome de seu irmão, Celso Pizzolato, falecido em 1978, e uso de documento falso para votar em nome do familiar. De acordo com a PF, a pena de cada um dos crimes apurados pode variar de um a cinco anos de reclusão.
Os atos foram cometidos por Henrique Pizzolato enquanto planejava a fuga, após a condenação pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal nº 470. O ex-diretor do BB fugiu do Brasil em setembro do ano passado, antes do fim do julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi preso em fevereiro deste ano em Maranello, na Itália. Nesta semana, a corte italiana negou a extradição do ex-diretor do BB. Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Veja a lista dos crimes que a investogação apurou:
Falsidade ideológica cometida em novembro de 2007 em Florianópolis/SC por ter requerido RG em nome de seu irmão;
Falsidade ideológica e uso de documento falso cometidos em janeiro de 2008 no Rio de Janeiro/RJ por ter requerido inscrição eleitoral extemporânea em nome de Celso Pizzolato, utilizando RG e CPF falsos;
Falsidade ideológica e uso de documento falso cometidos em fevereiro de 2008 em Lages/SC por ter requerido passaporte em nome do irmão, utilizando RG e título de eleitor falsos;
Uso de documento falso em outubro de 2008 cometidos no Rio de Janeiro/RJ por ter votado com RG e título de eleitor em nome do familiar;
Falsidade ideológica cometida em setembro de 2009 no Rio de Janeiro/RJ por ter requerido a segunda via do CPF em nome de Celso Pizzolato, além de ter solicitado alteração de dados cadastrais;
Falsidade ideológica e uso de documento falso cometidos em janeiro de 2010 no Rio de Janeiro/RJ por ter requerido passaporte italiano no Consulado da Itália utilizando RG e passaportes falsos.
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