Líderes oposicionistas ironizaram, nesta quinta-feira (7), declarações da presidente Dilma Rousseff (PT), especialmente o fato de ter dito que, embora não vá reduzir ministérios, seu governo terá limites fiscais e irá olhar com lupa onde pode haver redução ou corte de gastos.
Tucanos e democratas afirmaram que a mandatária brasileira pratica “estelionato eleitoral” e que parece ter acordado de repente para o que não foi feito ao longo de seu mandato.
“Somando tudo que aconteceu depois da eleição e o que a presidente Dilma disse nessa entrevista, a impressão que se tem é que ela estava em estado de coma. Três dias depois da eleição, o Banco Central descobre que houve um aumento descontrolado de gastos e é preciso aumentar juros para conter a inflação. Só depois da eleição se descobre que em um mês houve um rombo de R$ 20 bilhões, o maior déficit da história nas contas públicas. Sem contar que quem demitiu o Sérgio Machado da Transpetro, denunciado no esquema do petrolão, foi a PricewaterhouseCoopers e a Bolsa de Valores de Nova York. Se ela acordou mesmo do coma, só vamos saber lá na frente”, disse o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB).
O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), afirmou que a petista não pode mais se esconder atrás do marketing do publicitário baiano João Santana, e que as “mentiras” ditas durante a campanha serão agora desmascaradas.
"A Dilma não tem mais o João Santana, que governou a campanha e suas ideias, suas palavras e as mentiras que desferiu contra os outros. Sem ele, Dilma começa a ter que falar e aparecer como é, e reconhecer a realidade do governo fora da TV. Vai ter que fazer tudo ao contrário do que disse na campanha”, o ex-candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Marina Silva.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que ou Dilma muda a forma de ser autossuficiente, “prisioneira do petismo”, ou haverá um colapso também na arrecadação que vai acabar de travar o governo.
“Com o corte de gastos no plano das conjecturas líricas que ela anuncia, é esperar a criação de mais impostos. Aí morre qualquer proposta de diálogo”, disse o demista.
O deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara, afirmou que Dilma atenta contra a inteligência do povo brasileiro
“Agora a presidente começou a desmontar o marketing do PT. Isso é inaceitável”, criticou.
Já o presidente do PT, Rui Falcão, minimizou a declaração da líder nacional de que não representa o PT na Presidência, e sim todo o país.
“Ela é presidente do país todo mesmo — disse o dirigente petista, na chegada para uma confraternização com Dilma, no Palácio da Alvorada. Informações do jornal O Globo.
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