Mauro Aparecido de Lucas se tornou Oceania por um motivo curioso. O ex-jogador colecionava marcas de cigarros e dentro de sua carteira continha o raríssimo Oceania, da empresa Sudan Ovais.
Aos 14 anos Oceania iniciou sua carreira como goleiro no Ferroviários A.C, de Bragança Paulista-SP.
Com 16 anos o goleiro já tinha 1,80m de altura. Em 1952 a convite do Dr. José De Aguiar Leme, presidente do Bragantino, Oceania realizou um teste e foi aprovado no time.
Oceania ficou conhecido no Estado de São Paulo quando defendeu um pênalti de Djalma Santos. A Portuguesa havia retornado de uma excursão invicta pela Europa. O jogo acabou empatado sem gols e o goleiro do Bragantino se consagrou.
Em 1955 Oceania recebeu uma excelente proposta do Juventus da Mooca e aceitou. No Moleque Travesso o goleiro realizou um feito histórico.
No dia 16 de março de 1955 o Juventus visitou o São Bento de São Caetano do Sul no estádio Anacleto Campanella. Aos quatro minutos do segundo tempo Oceania praticou uma ótima defesa e recompôs seu setor rapidamente, o goleiro chutou forte, a bola subiu muito por causa do vento, ganhou velocidade, encobriu o Arqueiro Seco e o gol foi marcado.
O árbitro da partida, Abílio Frignani, validou o gol, mas se perdeu na explicação. O Juventus venceu por 2 a 1.
— Eu vi e ouvi o arqueiro Seco esbarrar na bola. A pelota entrou depois de tocar na ponta de seus dedos. Por isso validei o gol, legitimo, explicou o árbitro.
A bola não encostou no goleiro Seco, mas caso tivesse acontecido, o gol seria válido da mesma forma, segundo o regulamento da época.
Oceania sentiu a mesma emoção que Rogério Ceni já constatou 123 vezes, a de um arqueiro ao fazer o gol. Não há registros no mundo de outros goleiros que tenham marcado um tento antes do Oceania. http://terceirotempo.bol.uol.com.br
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