O teste permitiria detectar o Alzheimer durante controle médico rotineiro, antes que a doença se desenvolva(Thinkstock/VEJA)
Cientistas japoneses confirmaram nesta terça-feira a eficácia de um novo método capaz de detectar a doença de Alzheimer na fase inicial, sem a necessidade de recorrer aos atuais procedimentos complexos e dolorosos. Ele detectaria pelo sangue o acúmulo de uma das proteínas cerebrais que são reconhecidas como uma das principais causas da doença.
O projeto foi desenvolvido por peritos do Centro Japonês de Geriatria e Gerontologia e uma equipe de cientistas da empresa japonesa Shimadzu, liderados pelo Prêmio Nobel de Química em 2002, Koichi Tanaka, informou a rede pública de televisão japonesa NHK.
Uma das causas do Alzheimer é o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Com o novo teste, a equipe vai analisar como a proteína se acumula e afeta as funções cognitivas do paciente. “O acúmulo de beta-amiloides é o início do Alzheimer, então estamos tentando desenvolver medicamentos para lidar com isso”, disse Katsuhiko Yanagisawa, vice-diretor do centro, ao jornal local Japan Times.
A equipe monitorou 62 pacientes, de 65 a 85 anos, por meio de Tomografia por Emissão de Positrons (PET) e de exames de sangue para detectar o acúmulo da proteína. Utilizando um novo sistema de análise, os pesquisadores conseguem encontrar no sangue pequenas quantidades de uma proteína relacionada aos beta-amiloides que não havia sido vista antes. Através dessa proteína relacionada, é possível prever com precisão se os beta-amiloides estão se acumulando.
O uso prático do teste permitiria detectar o Alzheimer durante controle médico rotineiro, antes que a doença se desenvolva e sem a necessidade de recorrer aos testes atuais de Tomografia por Emissão de Positrons (PET) e do líquido cefalorraquidiano, dois procedimentos complexos e dolorosos. (Veja/Com Agência Brasil)
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