por Samuel Celestino - Auxiliares da presidente Dilma passaram a entender que a Operação Lava Jato, na extensão que ela ganhou e as prisões feitas a partir da última sexta-feira poderão favorecê-la ao ganhar maior autonomia para definir seu ministério, que deve estar pronto até a primeira quinzena de dezembro. Como é possível que, até lá, Rousseff não tenha conhecimento da quantidade de corruptos por partidos, inclusive os três mais importantes da sua pretensa base de apoio, o PT, o PMDB e o PP, ela poderá se sentir de mãos desatadas para realizar as escolhas que lhe aprouverem, sem pressões. Os partidos estão em expectativa sobre a lista de parlamentares que balançará o Congresso, levando provavelmente, por pressão dos segmentos populacionais, a uma enxurrada de cassações. Assim, as legendas ficam sem condições, presume-se, de fazer exigências. Se isto acontecer a presidente poderá demonstrar o que disse nas suas declarações na Austrália sobre o combate à corrupção e diminuir o número de ministérios. Ademais, com a crise em que está imerso, o governo terá que cortar gastos e nada melhor do que começar cortando boas parte dos 39 atuais ministérios. A presidente poderá ter sua liberdade de escolha empurrada pelo absurdo escândalo envolvendo a maior empresa brasileira, que não apresentou seus resultados, a partir de auditorias, em função da roubalheira perpetrada pelos assaltantes que tomaram de assalto a Petrobras. BN
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