por Samuel Celestino/Foto: Reprodução
Decididamente, a presidente Dilma atravessa uma fase de mau agouro. Esta verdade foi observa na sessão da noite desta segunda-feira (24) da Comissão Orçamentária do Congresso para aprovar a maracutaia de se fechar as contas do governo em azul, e não no vermelho como estão, com os governistas silenciosos e os oposicionistas batendo na presidente como antes nunca se havia visto. O senador eleito Ronaldo Caiado, da oposição, por exemplo, reverberou que houve, em setembro, um rombo no Tesouro Nacional de R$ 20 bilhões, que foram utilizados na campanha eleitoral. “O Tesouro se transformou em cabo eleitoral de Dilma”. O vice-líder Nilson Leitão, do PSDB, preferiu fazer um apelo aos apoiadores da presidente: “Tomem cuidado com Dilma. Cuidem dela porque ela está completamente desgovernada”. Outro deputado disse que “ela mudou a lei para que ela se ajustasse ao desgoverno da República”. Enquanto isso acontecia, em sequência durante aproximadamente quatro horas, os governistas, sem saída diante da realidade, não contestaram. Permaneceram silenciosos porque queriam rapidez na aprovação da mudança da lei Orçamentária na Comissão de Orçamento do Congresso. Para os oposicionistas, “há um clima de desgoverno e a presidente Dilma já não pode caminhar nas ruas”. O certo é que a matéria foi aprovada. A prova de fogo será nesta terça. O presidente do Senado, Renan Calheiros, marcou uma sessão conjunta da Câmara e do Senado. Presume-se que será de pau puro e não se tem a menor certeza de que a mudança pedida por Dilma seja aprovada para adequar o seu governo a partir do buraco que há nas contas. Espera-se uma sessão complicada e uma medição de forças entre a oposição e os governistas que, mesmo eles, entendem que a mudança desejada não está de acordo e muitos resmungam. É casuística. Serve apenas para salvar a presidente da situação calamitosa em que as contas públicas do seu governo se encontram. BN
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