O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Thomas Traumann, informou nesta quarta-feira (26) que os novos titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento serão
anunciados nesta quinta (27) pela presidente Dilma Rousseff. Segundo Traumann, eles usarão gabinetes no Palácio do Planalto durante o período de transição para montar suas equipes.
Segundo o Blog da Cristiana Lôbo, Dilma se reuniu nesta terça (25) com o ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy, que deve assumir a Fazenda; com o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, provável novo ministro do Planejamento; e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que deve permanecer no posto. Os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o atual da Fazenda, Guido Mantega, também participaram da reunião.
Joaquim Levy está em Brasilia desde segunda-feira (24) elaborando propostas para tentar equilibrar as finanças do governo. Em setembro, as contas públicas registraram o pior resultado da história.
De acordo com Thomas Traumann, os ministros a serem anunciados nesta quinta concederão entrevista coletiva à imprensa no Palácio do Planalto logo após a oficialização de seus nomes.
Segundo ele, não haverá, cerimônia de posse dos novos ministros. A expectativa é que a presidente da República viaje na sexta-feira para Fortaleza (CE) para participar de reunião da direção nacional do PT.
Mantega
Ministro da Fazenda mais longevo da história, Guido Mantega deixará o comando da economia brasileira após mais de oito anos no posto.
Nascido na Itália e criado em São Paulo, ele foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2011, Dilma o manteve à frente do Ministério da Fazenda.
No entanto, em meio à campanha eleitoral deste ano, a presidente da República anunciou que Mantega seria substituído em um eventual segundo mandato. Segundo ela, o próprio ministro pediu para deixar o cargo "por razões pessoais".
Reforma ministerial
Desde a reeleição, em outubro, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com ministros mais próximos, conselheiros políticos e presidentes de partidos aliados para discutir a escolha dos novos integrantes do primeiro escalão do governo.
Conforme adiantaram os blogs do Camarotti e da Cristiana Lôbo, além dos encontros com Joaquim Levy e Nelson Barbosa, Dilma se encontrou com a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e a convidou para assumir o Ministério da Agricultura. Além disso, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) também foi procurado pela chefe do Executivo para chefiar, a partir de 2015, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No meio político, há expectativa quanto ao cargo que o governador da Bahia, Jaques Wagner, ocupará no segundo mandato de Dilma. Próximo à presidente, Wagner esteve em Brasília diversas vezes após a reeleição da petista e é cotado para assumir alguma pasta a partir de 2015.
Um dos coordenadores da campanha de Dilma à reeleição, o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente chefiada por Gilberto Carvalho, responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais.
Conselheiro político de Dilma e um dos ministros mais próximos à chefe do Executivo, Aloizio Mercadante (Casa Civil) deverá continuar no governo. Segundo o Blog do Camarotti, ele, porém, tem sido chamado por alguns colegas de “primeiro-ministro” de Dilma, por repassar orientações da presidente a outros ministros. Mercadante se encontra diariamente com a chefe do Executivo nos palácios do Planalto e da Alvorada, residência oficial.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também esteve nesta terça com Dilma na reunião em que a presidente juntou no Palácio do Planalto os ministros da Fazenda e do Planejamento e os principais nomes cotados para assumir as pastas. Há especulações de que Tombini também deverá permanecer no governo no segundo mandato de Dilma.
De acordo com o Blog do Camarotti, os integrantes da cúpula do PP, partido que comanda atualmente o Ministério das Cidades, estão contrariados com a articulação do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para chefiar o ministério. A pasta, segundo o blog, também é cobiçada pelo PMDB.
Interlocutores do vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, afirmaram ao G1 que o ministro Moreira Franco (Aviação Civil) tem a aprovação de Temer e sua permanência no cargo é defendida pela cúpula da legenda.
Cultura
Em meio à viagem da presidente Dilma à Cúpula do G20, na Austrália, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que comandava o Ministério da Cultura havia dois anos, protocolou carta de demissão no Palácio do Planalto. Com críticas indiretas à condução da política econômica por Dilma, Marta afirmou desejar que a presidente seja iluminada na escolha do novo ministério.
Como informou o Blog do Camarotti, a relação de Marta e Dilma se desgastou de que vazaram informações de que a então ministra participava do movimento que ficou conhecido como "Volta, Lula", em que defendia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto na eleição deste ano. Fonte: G1
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