O cruzamento de animais com seres humanos é uma possibilidade que assusta e desperta o debate sobre questões éticas e morais. Apesar disso, diversos experimentos já foram feitos para descobrir se existe realmente a chance de criação de um ser híbrido, resultado da fecundação entre homens e animais.
Uma das experiências mais conhecidas e testadas é o cruzamento entre humanos e primatas. A criação de um possível híbrido entre humanos e chimpanzés já foi proposta em vários momentos. No ano de 1926, por exemplo, a Academia de Ciências da antiga União Soviética apoiou testes de inseminação artificial de chimpanzés fêmeas com esperma humano. O experimento foi liderado pelo professor russo Ilya Ivanov.
Em 1927, Ivanov inseminou três chimpanzés fêmeas, mas não obteve sucesso na criação de um ser híbrido. Estudos sobre o tema demonstraram que a inseminação de esperma humano em outros primatas dificilmente poderia resultar numa fecundação, pois o esperma humano é imunogênico e seria atacado pelo sistema imunológico dos primatas.
Contudo, o avanço das técnicas de fertilização in vitro poderia, ao menos em tese, gerar embriões híbridos em laboratório. O DNA dos seres humanos é 99% semelhante ao dos chimpanzés e, por isso, essa espécie tem sido a mais cogitada para a criação de seres híbridos.
Segundo Richard Dawkins, biólogo da Universidade de Oxford, um cruzamento entre homem e chimpanzé pode ser bem sucedido com o desenvolvimento de um embrião experimental. Esta técnica, provavelmente, daria origem a uma criatura estéril.
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