Mesmo depois de uma forte campanha de desconstrução de Marina Silva durante o primeiro turno, os articuladores do PT acreditam que o apoio da candidata derrotada à candidatura de Dilma Rousseff ainda é viável. O argumento é de que mágoas e ressentimentos não têm espaço nessa decisão e por isso os partidos da coligação de Marina devem avaliar o que é mais benéfico politicamente.
Ao chegar para a reunião entre governadores e senadores eleitos com Dilma Rousseff, nesta terça-feira (7) em Brasília, o governador da Bahia, Jaques Wagner, avaliou que o PSB e o PT construíram um projeto juntos e por isso têm muitos pontos em comum. Para o petista, o PSDB também não tratou Marina bem durante o primeiro turno e quem tinha o objetivo de derrotar a candidata era Aécio Neves.
— Não me consta que o Aécio tenha tratado bem a Marina. Na verdade, quem derrotou a Marina não foi a Dilma, quem derrotou a Marina foi o Aécio. O objetivo do Aécio era derrotar a Marina. A presidente Dilma ficou o tempo todo liderando.
Wagner, que conseguiu eleger seu sucessor no governo da Bahia, acredita que é possível aumentar os votos de Dilma no Estado em até 15% durante a campanha do segundo turno. Sobre os votos de Pernambuco, que foram majoritariamente para Marina Silva, o governador acredita que podem migrar para o PT.
— As pessoas votaram em Marina como uma homenagem também ao Eduardo Campos, pelo fato de ela ter abraçado a candidatura de Eduardo. Esse foi um momento, agora que a Marina não vai ao segundo turno, eu não sei qual é o apreço que os pernambucanos têm pelo PSDB e pelo Aécio.
Apoio nos Estados
O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel, também chegou à reunião garantindo que vai trabalhar à campanha de Dilma Rousseff no Estado. Após derrotar o candidato do PSDB Pimenta da Veiga no primeiro turno, Pimentel afirma que vai governar para todos os mineiros, mas que neste momento vai se dedicar à reeleição da presidente Dilma.
O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), também promete apoio à presidente no Estado, apesar de liberar a bancada peemedebista na questão para apoiar quem quiser na disputa pelo governo entre Delcídio do Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) no segundo turno.
— Votei em Dilma, trabalhei para Dilma. Vou votar na Dilma e continuou trabalhando para a Dilma.
Cerca de 40 pessoas participam da reunião em Brasília. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o vice-presidente, Michel Temer, estão presentes. Os governadores eleitos em Tocantins, Alagoas, Piauí, e os senadores que venceram as eleições em Roraima, Rio Grande do Norte, Rondônia e Paraíba também participam do encontro. Foto: Ichiro Guerra/Divulgação --Fonte: R7
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