Os partidos de oposição moçambicanos rejeitaram neste sábado o resultado das eleições nacionais, alegando fraude eleitoral. O partido Frelimo, que governa o país, foi reeleito na sexta-feira e ministro da Defesa, Felipe Nyusi, relativamente desconhecido antes do início da campanha, deve se tornar o próximo presidente de Moçambique. O partido de oposição oficial, Renamo, que recebeu apenas um terço dos votos, pediu negociações com o Frelimo, dizendo que um governo de coalizão deveria ser formado. A terceira maior sigla do país, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), também afirmou que as eleições não foram justas. O partido pediu uma investigação sobre as alegações de fraude em diversas zonas eleitorais. “O Frelimo não está preparado para perder. Nós rejeitamos os resultados”, disse Lutero Simango, do MDM, dizendo que a democracia no país estava em “perigo”.Observadores internacionais, incluindo a União Europeia, aprovaram as eleições, afirmando que os incidentes de suposta fraude não seriam suficientes para anular o resultado. Os grupos pediram que os partidos de oposição sigam os procedimentos formais de reclamação para manter a paz. Celebrações em Moçambique foram silenciadas neste sábado após a comissão eleitoral pedir que os moçambicanos mantenham a calma. A segurança na capital foi reforçada, com o temor de que o país possa mais uma vez sofrer com a violência entre apoiadores de Frelimo e Renamo, após anos de paz. (Estadão)
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