Depois de roubarem três fuzis que deveriam ter sido apreendidos durante uma abordagem a cinco criminosos, policiais militares do 17º BPM (Ilha do Governador) negociaram a venda das armas com traficantes. Escutas telefônicas divulgadas, na noite deste domingo, pelo “Fantástico”, da Rede Globo, mostram o diálogo entre um PM e um bandido.
Nas conversas, feitas com autorização judicial, o criminoso pergunta: “Tá querendo quanto em tudo?”. O policial responde: “Cento e setenta”. Neste momento, o traficante pechincha e pede para parcelar o valor do pagamento: “Tem como dar uma moral pra ele agora, pra ele pagar em três vezes em tudo?”.
O policial militar indaga: “Três vezes em tudo?” E o bandido explica: “É, 150”. Neste trecho, o grampo mostra os argumentos para não ceder: “Pô, aí não é... E também não é com um cara aqui só, entendeu? É um monte de gente envolvida. Aí, p... Catorze pessoas, mané”.
Falando em nome de Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico no Morro do Dendê, o criminoso insiste: “Pô, vê com os caras aí, que eu tô falando com ele aqui”. E o policial diz: “Tá. Já é. Daqui a pouco te passo um rádio, então”.
O grampo faz parte das investigações que culminaram na prisão do coronel Daizer Corpas Maciel, então comandante do 17º BPM, e de outros 15 PMs da unidade. Eles respondem por extorsão mediante sequestro e roubo majorado, e são acusados de terem aceitado R$ 300 mil para liberar dois traficantes durante a abordagem, em março.http://extra.globo.com
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