Do UOL, em São Paulo/Nacho Doce/Reuters
A presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT)
Mesmo reeleita para mais quatro anos no Planalto, Dilma Rousseff teve a pior votação do PT em eleições presidenciais desde 2002. Neste domingo (26), a presidente conseguiu 52% dos votos, ante 48% de seu rival Aécio Neves (PSDB).
O resultado inferior à série histórica e repete o índice do primeiro turno, quando, com 42% dos votos, a presidente teve a pior votação de um petista nos últimos 12 anos de eleições presidenciais.
A campanha deste ano, classificada por muitos como a mais dura desde a redemocratização, ajudou a desidratar a votação de Dilma. Especialmente no segundo turno, o tom propositivo foi substituído por duros ataques entre tucanos e petistas.
A estratégia do PT foi a de associar ao PSDB a imagem de um partido voltado para a elite, que não governa para os pobres e coloca em risco os ganhos sociais obtidos nas administrações petistas.
Os tucanos, por sua vez, buscaram ligar o PT a escândalos de corrupção, especialmente da Petrobras, e exploraram problemas de Dilma na condução da economia. Apesar de não ter conseguido voltar a comandar o país, o partido teve a votação mais expressiva em eleições presidenciais desde 2002.
Antes deste ano, a disputa de segundo turno mais apertada havia sido em 1989, o único ano em que a votação petista foi inferior a de Dilma. Nesta primeira eleição pós-redemocratização, Collor derrotou Lula por 53% a 47%.
Há 20 anos, tucanos e petistas polarizam a disputa presidencial. Em 1994, impulsionado pelo sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso foi eleito já em primeiro turno, feito que se repetiu em 1998.
Desde 2002, porém, o presidente só foi conhecido após duas rodadas de votação. Lula, que foi candidato em 2002 e 2006, conseguiu 61% dos votos no segundo turno das duas disputas.
Já com Dilma, há quatro anos, a vantagem do PT diminuiu: a então candidata foi eleita com 56% dos votos, contra 44% de Serra (PSDB).
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