O governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), vai contar em 2015, no seu primeiro ano de governo, com um orçamento da ordem de R$ 40 bilhões, valor que é 8,3% superior ao orçamento deste ano, que ficou em R$ 36,9 bilhões. A proposta orçamentária, que já chegou à Assembleia Legislativa para análise dos deputados, chama atenção em dois pontos: o incremento do PIB (Produto Interno Baiano) para 2015 está estimado em 3%, crescimento superior ao nacional, estimado em 1,8% ; e o crescimento de 46,6% nas contribuições do governo federal para investimento na Bahia. Mesmo assim, áreas prioritárias não tiveram uma expansão significativa no orçamento do próximo ano em relação ao de 2014. Na Saúde, por exemplo, os recursos passarão de R$ 5,447 bilhões para R$ 5,812 bi (400 milhões a mais). Educação, de R$ 4,804 bi para R$ 4,817 bi e Segurança Pública, de R$ 3,5 bi para R$ 4,1 bilhões. Em algumas áreas os recursos serão até menores, em 2015: Ciência e Tecnologia sai de R$ 291 milhões para R$ 152 milhões; Indústria, de R$ 200 milhões para R$ 143 milhões; e Comércio, Serviço e Turismo de R$ 481 milhões para R$ 408 milhões.A aposta do governo para sustentar o orçamento de 2015 está na continuidade do desempenho da agricultura no próximo ano, na recuperação da industria e, sobretudo, na expectativa de que os investimentos, especialmente em moradia, saneamento, transporte e energia - que dependem de repasses federais -, possam garantir o crescimento da economia baiana. Para o vice-presidente do Instituto de auditores Fiscais da Bahia (IAF-Ba), Sérgio Furquim, é uma aposta em tese arriscada. Ele diz que se o governo federal fizer um ajuste fiscal acentuado, as áreas mais afetadas, e passíveis de sofrer corte, são as transferências voluntárias e os convênios. "Terá impacto direto na capacidade de investimento do Estado. O futuro governador terá de cortar recursos em algumas áreas para reforçar o caixa de outras prioritárias", diz Furquim. (Atarde)
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