Entre os documentos enviados pela presidente do Instituto Brasil, Dalva
Sele Pereira, ao Ministério Público (MP-Ba), alguns divulgados pelo
Jornal Correio nesta quarta-feira (1º) revelam recibos e transferências
de grande montante a assessores e parentes de políticos petistas. Um dos
comprovantes seria a cópia de um recibo de 2008 assinado por um dos
secretários de campanha para prefeito de Walter Pinheiro (PT), segundo
Dalva. A reprodução mostra uma rubrica de Alisson Santos de Souza, o
suposto assessor do senador petista, confirmando o recebimento de R$ 60
mil relacionado a “serviços prestados”.
Fotos: Reprodução/Correio
No lote dos documentos, também há cópia de comprovante de transferência
eletrônica feita por meio de uma conta do instituto no Bradesco no
valor de R$ 35 mil, em 2006, em que o favorecido seria o irmão da
deputada estadual Maria Del Carmen (PT), Francisco Fidalgo. Segundo
Dalva, o dinheiro seria para a campanha de Del Carmen para vereadora de
Salvador, ano que ela não conseguiu se eleger.
Outro comprovante do mesmo tipo teria sido para o presidente da Embratur
e ligado ao PCdoB Vicente Neto. Em resposta ao jornal, Neto afirmou
nunca ter recebido qualquer pagamento da referida instituição e a
“calúnia” seria respondida judicialmente. Ainda segundo o também
ex-dirigente da CUT, trataria de um depósito feito por ele mesmo na sua
conta pessoal.
No agrupamento de cópias relacionadas à folha de pagamento da ONG, foram
enviados seis cópias de contracheques em que são atribuídos a parentes
de políticos do PT e da base aliada. Uma traz cópias do nome de Sandra
Helena Pelegrino Marques, que seria a irmã do deputado federal Nelson
Pelegrino (PT) e ex-administradora da ONG entre julho e outubro de 2006.
Outro familiar seria o primo de Pelegrino, Gabriel Portela, que aparece
como coordenador de projetos da ONG. Já André Fidalgo, o filho de Maria
Del Carmen, teria exercido o cargo de coordenador entre setembro de
2005 e junho de 2006. As acusações são todas baseadas nos depoimentos de
Dalva ao Correio, para provar de que ela era conhecida entre os
petistas, ao contrário das declarações de alguns políticos. BN
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