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terça-feira, 3 de junho de 2014

Anvisa apura morte de bebê que esperava liberação de canabidiol

A Anvisa abriu procedimento para investigar a morte do bebê Gustavo Guedes, de 1 ano e 4 meses, que morreu em Brasília na madrugada deste domingo (1º) vítima de complicações de uma síndrome grave que ataca o sistema nervoso e causa convulsões. O garoto aguardava a decisão da entidade sobre a liberação do uso do canabidiol, substância química derivada da maconha. O quadro dele era semelhante ao da menina Anny Fischer, cujo caso ganhou repercussão após ser mostrado no Fantástico em março. Em abril, os pais dela obtiveram, na Justiça, autorização para importar o medicamento. A mãe de Gustavo chegou a conseguir no dia 17 de abril, diretamente na agência, a autorização para importar o remédio, que demorou a ser liberado pelas autoridades alfandegárias brasileiras. Ele usava a medicação havia menos de dez dias, mas, segundo amigos da família, não teve tempo de se beneficiar dos efeitos do canabidiol. De acordo com a Anvisa, o uso do medicamento pode ser autorizado mediante apresentação de pedido à entidade. “Isto é necessário porque medicamentos sem registro no país não contam com dados de eficácia e segurança registrados na Anvisa. Neste caso, cabe ao profissional médico a responsabilidade pela indicação do produto, especialmente na definição da dose e formas de uso. A autorização é fundamental para que o medicamento entre no país, uma vez que contém substâncias controladas por acordos internacionais”, disse.Até o momento, a Anvisa já recebeu nove pedidos de importação de produtos com canabidiol. Três foram liberados. O prazo médio para análise do pedido é de uma semana. Pai de Anny e defensor da liberação do medicamento, Norberto Fischer lamentou a morte do garoto em uma rede social. “Perdemos mais um guerreiro na luta contra a epilepsia refratária”, escreveu. A Anvisa chegou a marcar para a última quinta-feira uma reunião para discutir a alteração do processo de importação de medicamentos que levam a substância química, mas o encontro foi adiada após um conselheiro pedir vista. A expectativa é de que a discussão seja retomada até agosto. (G1)

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