Nesta reportagem de ontem da Folha, a repórter Raquel Landim revela outro escândalo na Petrobrás. Segundo a matéria, o engenheiro Gesio Rangel de Andrade foi “colocado na geladeira” na Petrobras por se opor ao superfaturamento da obra do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia. Leia tudo:
A afirmação é de Rosane França, viúva de Gesio, que morreu há dois anos, vítima de ataque cardíaco. A declaração foi dada em reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, na edição desta quinta-feira.
Segundo ela, pessoas da estatal tentaram constranger seu marido a aprovar aditivos para a obra. Ele não concordou e foi exonerado do cargo, permanecendo por dois anos sem qualquer função.
. Os gastos com o gasoduto Urucu-Manaus estouraram todas as previsões. A área técnica estimou a obra em R$ 1,2 bilhão, mas o contrato foi fechado por R$ 2,4 bilhão, após pressão das construtoras. O gasoduto Urucu-Manaus demorou três anos para ficar pronto e o custo chegou a R$ 4,48 bilhões. A estatal aprovou um aditivo de R$ 563 milhões para um dos trechos, praticamente o valor daquele contrato.
. Com 663 quilômetros, o gasoduto transporta gás natural produzido pela Petrobras em Urucu, no município de Coari, até as termelétricas da Amazônia. O gás substitui parte do óleo diesel queimado pelas usinas, reduzindo o custo da energia. Gesio era o gerente-geral da obra do gasoduto. Segundo Rosane, o marido alertou Graça Foster, que ocupou o cargo de diretora de gás e energia, dos problemas.
. A viúva não cita nomes, mas em e-mails enviados aos seus superiores, aos quais a reportagem teve acesso, Gesio reclama da diretoria de Engenharia, comandada por Renato Duque, que negociava com as empreiteiras. CLIQUE AQUI para ler mais.
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