CLIQUE AQUI para examinar a reportagem (video e áudio) do Jornal Nacional. A Câmara dos Deputados não terá saída senão cassar o deputado do PT, André Vargas. O caso do uso do jatinho é até menor diante da comprovação de que ele e o doleiro preso são sócios ocultos para meter a mão no dinheiro do governo do PT. Leia esta interceptação feita pela Polícia Federal (ela é apenas uma das denúncias):
- Mais tarde, às 21h50, os dois voltam a se falar por meio de mensagens, e o deputado diz para o doleiro que um dos responsáveis pela Labogen, Pedro Argese, já estava com documento da parceria com o fabricante de medicamentos genéricos.
- No dia seguinte, 20 de setembro de 2013, Youssef revela dificuldades a André Vargas, segundo a reportagem: "Estou enforcado. Preciso de ajuda para captar... Tô no limite."
Na mesma conversa, Vargas responde: "Vou atuar.
. A reportagem do Jornal Nacional, que compromete profundamente o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, mas compromete muito mais André Vargas
Reportagem publicada pela revista "Veja" neste sábado afirma que o vice-presidente da Câmara, deputadoAndré Vargas (PT-PR), atuou junto com o doleiro Alberto Youssef para a assinatura de um contrato entre uma empresa de Youssef e o Ministério da Saúde. A revista diz ainda que teve acesso a trechos de mensagens trocadas entre Vargas e o doleiro, interceptadas em investigação da Polícia Federal.
Ainda de acordo com a reportagem, as investigações mostram que Vargas ajudava o sócio a localizar projetos dentro do governo pelos quais poderia ser desviado dinheiro público.
Youssef foi preso em março pela operação Lava Jato, da PF, que investiga esquema de lavagem de dinheiro. Na última semana, o jornal "Folha de S. Paulo" revelou que Vargas havia viajado, em janeiro deste ano, em jatinho emprestado por Youssef. Ao responder a reportagem, o deputado afirmou que conhecia Youssef há 20 anos, da cidade de Londrina, e que as relações entre eles se deram "dentro da legalidade".
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. De acordo com a "Veja", uma interceptação feita pela Polícia Federal em 19 de setembro de 2013 mostra Vargas e o doleiro conversando sobre um contrato que a empresa Labogen, de Youssef, pretendia fechar com o Ministério da Saúde para fornecimento de remédios.
. Segundo a revista, a Labogen é um laboratório de fachada, com estrutura pequena. Para conseguir firmar o contrato com o governo, a Labogen buscou parceria com a EMS, uma grande empresa farmacêutica especializada em medicamentos genéricos.
. Na conversa, de acordo com "Veja", Vargas conta para Youssef sobre encontro com um integrante da Labogen, Pedro Argese, que informou o deputado sobre a proximidade da conclusão da parceria com a EMS:
- Estamos mais fortes agora. Vi o documento com o Pedro. Ele estava no voo de volta de Brasília", escreveu Vargas.
- Bati um longo papo com Pedro e ele estava com documento de parceria com a EMS", completa o deputado.
- Youssef então diz para Vargas: "Cara, estou trabalhando, fica tranquilo, acredite em mim. Você vai ver quanto isso vai valer tua independência financeira e nossa também, é claro."
. O Jornal Nacional também teve acesso aos diálogos. O material mostra que essa conversa terminou pouco depois das 21h com risadas do doleiro: "kkkkkkk" - termo muito usado em mensagens de texto com o sentido de gargalhadas. Na transcrição, o deputado André Vargas não responde ao "kkkkk".
- Mais tarde, às 21h50, os dois voltam a se falar por meio de mensagens, e o deputado diz para o doleiro que um dos responsáveis pela Labogen, Pedro Argese, já estava com documento da parceria com o fabricante de medicamentos genéricos.
- No dia seguinte, 20 de setembro de 2013, Youssef revela dificuldades a André Vargas, segundo a reportagem: "Estou enforcado. Preciso de ajuda para captar... Tô no limite."
Na mesma conversa, Vargas responde: "Vou atuar."
De acordo com a revista, naquele mesmo dia técnicos do Ministério da Saúde foram destacados para certificar a Labogen.
- "Visita dos técnicos MS às 14h30. Te informo depois como foi", escreveu Youssef ao deputado.
- "Legal", respondeu Vargas.
Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério da Saúde acabou firmando com a Labogen uma Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP).
. O Ministério da Saúde afirmou que o negócio com as empresas foi suspenso. Disse também que o contrato com a Lobogen e a EMS não chegou a ser fechado e por isso não houve repasse de dinheiro. Ainda de acordo com o ministério, foi aberta uma investigação interna para apurar o caso. A EMS afirmou ao Jornal Nacional, por meio de sua assessoria, que a empresa não tem contrato direto com a Labogen. por Polibio Braga
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