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domingo, 20 de abril de 2014

Aprovado em concurso, professor é obrigado a perder peso para dar aula

Impedido de dar aulas por ser considerado obeso pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo (DPME), o professor José Luís da Silva, de Aguaí (SP), passou por nova perícia no dia 15 de abril e se tornou apto a lecionar. Silva perdeu oito quilos e ficou com o Índice de Massa Corpórea (IMC) inferior a 40. Segundo ele, o concurso público para professor de educação básica do Estado de São Paulo em que ficou em 5º lugar foi um ‘empurrão’ para perder peso.

“Sempre quis emagrecer, mas nunca tive um empurrão, e o concurso foi esse empurrão”, afirmou Silva. Na época da prova, o IMC dele era de 43,5 na época, quando pesava 132 quilos. O número é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como obesidade mórbida. O limite é 40. Na nova perícia, o professor ficou com o IMC 39,4. Atualmente, o peso dele é de 119 quilos.

Emagrecimento
O químico já estava em fase de emagrecimento porque, para ele, emagrecer é necessário para preservar a saúde. “Pretendo continuar emagrecendo, por causa da minha saúde, mas continuo achando injusto a reprovação de colegas por estarem com IMC acima de 40”, disse. Segundo ele, considerar o índice com aptidão para lecionar é um equívoco. “O IMC é questionável, cientificamente, pois não leva em consideração a massa óssea, nem a massa muscular, só o peso e a altura”, afirmou.

Impedimento
Depois de passar no concurso de educação básica do Estado de São Paulo, pela Diretoria de Ensino de São João da Boa Vista (SP), Silva passou pela perícia no dia 5 de março e foi informado pelo médico que se ele fosse considerado não apto para a função, o motivo seria o peso. Quando o resultado foi publicado no Diário Oficial, ele não conseguiu acreditar.

O professor se sentiu discriminado com a situação. Para ele, não existe justificativa para isso. “Se for assim, vereadores, deputados, prefeitos, todos que trabalham em órgão públicos e estão acima do peso não poderiam exercer esses cargos”, concluiu em entrevista nesta semana. Em março, ele foi até o Departamento de Perícias Médicas do Estado e fez o pedido de reconsideração do laudo da perícia.
Biólogo passou em concurso, mas foi reprovada na perícia por obesidade.

Outro caso
O caso do químico não foi o único na região. Após passar em concurso público da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a bióloga Ana Carolina Buzzo Marcondelli, de Araraquara, também foi impedida de lecionar. E

Com 30 anos, ela passou em 15º lugar entre os candidatos da região para lecionar ciências e biologia em Matão, mas foi considerada obesa mórbida pelo médico perito que avaliou os exames.

A professora de 1,65 metro e 117 quilos disse que ter corpo bonito não é requisito para lecionar. "Não é necessário ser magra, segundo os padrões de beleza, é preciso ter capacidade intelectual", disse. Ela também pediu nova perícia, passou por novo exame e aguarda os resultados. Fonte: Com informações do G1

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