O presidente da Assembleia Nacional (Congresso) da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou nesta segunda-feira que a importante política de oposição Maria Corina Machado perdeu sua cadeira na Assembleia Nacional e não tem mais imunidade judicial por seu suposto papel em fomentar a violência nacional nos protestos antigoverno.
Cabello afirmou que Machado violou a Constituição ao discursar perante a Organização dos Estados Americanos (OEA) na semana passada sob convite do Panamá, que cedeu seu assento no grupo com base em Washington para que ela pudesse fornecer aos diplomatas regionais um relato em primeira mão dos tumultos que atingem o país há semanas.
O presidente Nicolás Maduro se referiu a Machado como "ex-congressista" no sábado, poucos dias depois de prender dois prefeitos da oposição por uma suposta conspiração com os EUA para depor seu governo que está há 11 meses no poder.
Machado respondeu em uma mensagem do Twitter nesta segunda-feira, dizendo: "Pousando em Lima. Sr. Cabello: Eu SOU uma congressista enquanto a população da Venezuela quiser."
A cassação do mandato de Machado ocorreu no mesmo dia em que as autoridades confirmaram a morte de uma grávida e de um membro da Guarda Nacional em episódios de violências vinculados aos atuais protestos que atingem o país.
A Adriana Urquiola, 28, morreu no domingo com um tiro na cabeça em Guaicaipuro, disse o prefeito da municipalidade que fica nos arredores da capital Caracas.
Grávida de cinco meses, Urquiola foi morta ao descer de um ônibus que estava parado no trânsito por causa de uma barricada construída por manifestantes antigoverno. Ela começou a caminhar em direção ao bloqueio, mas não parece que participava do protesto. Não está claro quem disparou contra ela.
O sargento Miguel Antonio Parra, da Guarda Nacional, morreu nesta segunda-feira durante uma manifestação de rua em Mérida, disse o prefeito da cidade que fica no sudoeste do país, Carlos Garcia. O político opositor afirmou que Parra foi atingido quando ele e outros dois guardas tentavam limpar bloqueios de rua e foram confrontados por manifestantes. A violência relacionada aos protestos contra Maduro, que começaram há cinco semanas, deixaram mais de 30 mortos. Foto: AP/Divulgação//Fonte: IG com AP
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