Acidentes e problemas em obras de estádios da Copa
Dois operários morreram em obras no estádio de Manaus para Copa do Mundo, a Arena da Amazônia, em 14 de dezembro de 2013. Parte dos trabalhos foi interditada pela Justiça. Leia mais Renata Brito/AP
A morte do operário Fabio Hamilton da Cruz neste sábado, após cair durante as obras das arquibancadas provisórias do Itaquerão, foi a oitava durante a construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2014. Assim, o Brasil chega ao quádruplo de mortes em comparação com as ocorridas durante as obras para o Mundial da África do Sul, em 2010.
Antes da Copa ocorrida há quatro anos, dois operários faleceram: Dumisani Koyi, 28 anos, em agosto de 2008, nas obras do estádio Peter Mokaba, em Polokwane, e Sivuyele Ntlongotya, 26 anos, no estádio Green Point, na Cidade do Cabo.
No Brasil, mortes já aconteceram em três estádios que receberão jogos do Mundial: Itaquerão (3 mortes), Arena da Amazônia (4) e Mané Garrincha (1).
A primeira ocorreu no estádio de Brasília, no dia 11 de junho de 2012. Cinco aconteceram em 2013 e duas em 2014, já no ano do Mundial.
Confira, abaixo, todas as mortes em obras em estádios para a Copa:
Operários mortos no Itaquerão
Fabio Hamilton da Cruz, idade não divulgada, 29 de março de 2014
Ronaldo Oliveira dos Santos, 44 anos, em 27 de novembro de 2013
Fábio Luiz Pereira, 42 anos, em 27 de novembro de 2013
Operários mortos no Mané Garrincha
José Afonso de Oliveira Rodrigues, 21 anos, em 11 de junho de 2012
Operários mortos na Arena Amazônia
Marcleudo de Melo Ferreira, 22 anos, em 14 de dezembro de 2013
José Antônio da Silva Nascimento, 49 anos, em 14 de dezembro de 2013
Antônio José Pita Martins, 55 anos, em 7 de fevereiro de 2014
Raimundo Nonato Lima Costa, 49 anos, em 28 de março 2013
A situação deve ser ainda pior na Copa-2022, no Qatar. Relatório da Confederação Sindical Internacional afirma que, desde o início das obras para a Copa no país asiático, mais de 1,2 mil imigrantes foram mortos.
A Anistia Internacional já exigiu que a Fifa pare de se eximir da responsabilidade sobre os direitos trabalhistas no Qatar. A ONG teme que a situação piore com a necessidade de mais mão-de-obra até 2022.
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