Marcelo Queiroz
A melhoria do sistema de transporte depende da avaliação dos serviços, através de monitoramento constante, que pode indicar mudanças de rumo e a adoção de políticas públicas para o setor. A criação de indicadores com essa finalidade na cidade do Rio de Janeiro é fundamental para a implementação de um programa permanente de monitoramento da mobilidade urbana sustentável.
Mobilidade urbana eficiente tornou-se questão básica para o desenvolvimento sustentável das cidades, que devem atender às necessidades dos habitantes de se deslocar livremente e em tempo razoável, gerando impacto direto na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
O Rio de Janeiro precisa adotar uma política de Mobilidade Urbana Sustentável, reunindo as políticas de transporte e de circulação integrada e a de desenvolvimento urbano, com a finalidade de proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizando os modos de transporte coletivo e os não motorizados, de forma segura, socialmente inclusiva e sustentável.
A ideia é que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro submeta um conjunto de indicadores de mobilidade urbana sustentável a especialistas que atuam no setor, para análise. Em seguida, os indicadores devem ser aplicados para monitorar a situação real da mobilidade no município.
A prefeitura poderia adotar modelo semelhante ao do Índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS), ferramenta de diagnóstico desenvolvida por pesquisadores da USP, que pretende avaliar nove domínios: acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; aspectos ambientais; aspectos sociais; aspectos políticos; infraestrutura de transportes; modos não motorizados; planejamento integrado; tráfego e circulação urbana; e sistemas de transporte de passageiros.
A metodologia utilizada pelo IMUS propõe a utilização de 87 indicadores. Dentre estes: número de travessias adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida, população exposta ao ruído de tráfego, informação disponível ao cidadão, integração entre as esferas de governo, vias pavimentadas, sinalização viária, efetivação e continuidade das ações, acidentes de trânsito e extensão da rede de transporte público.
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