O governo de Dilma Rousseff está pagando caro por não ter tido coragem de romper politicamente com o seu criador. Passou a dividir a direção do país num sistema de cogestão com Lula. E a quase tudo o consulta para tomar decisão como se Lula fosse o seu preceptor. Quando Dilma, por ocasião da eclosão de denúncias de corrupção política envolvendo ministros indicados por Lula, resolveu imediatamente demiti-los, ali estava a presidente da República desempenhando a sua autoridade presidencial, mesmo a contragosto de seu curador. Se ela tivesse se conduzido sem a batuta do Lula, talvez hoje ela não estivesse sendo ridicularizada pelo The Economist.
“Ana Amélia cita 'The Economist' e diz que momento econômico merece atenção.
Publicação britânica mostra na capa o maior símbolo do Brasil, o Cristo Redentor, desgovernado.
Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (26), a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que a imagem do Brasil diante do mundo “vai mudar para pior” nos próximos dias. A senadora fez referência à próxima edição da revista britânica The Economist, em que a capa mostra um Cristo Redentor estilizado, imitando um foguete em queda, com uma pergunta: “O Brasil estragou tudo?”. A revista fez em 2009 uma capa com imagem parecida, com a estátua do Cristo decolando. O destaque, na época, era para o crescimento econômico do país e seu papel de liderança na América Latina.
A senadora disse que a análise de economistas estrangeiros sobre o atual momento econômico do Brasil merece a atenção dos senadores e do governo brasileiro. A matéria lembra que o Brasil passou bem pelo auge da crise da economia mundial, entre 2008 e 2009, e registrou um crescimento expressivo em 2010, de mais de 7%. No entanto, desde 2011, o país tem apenas 2% de crescimento médio e ainda teve de lidar com recentes manifestações populares, que pediam mais qualidade e ética nos serviços públicos.
A senadora também destacou artigo do ex-deputado e ex-ministro Delfim Netto, publicado no jornal Folha de S. Paulo, em que o economista aponta a relação entre o sucesso dos processos de licitação para obras de infraestrutura e o crescimento econômico do país. Ana Amélia disse que o governo deve levar em conta essas análises, para buscar a retomada do crescimento da economia nacional. Ela apontou que, como senadora, busca votar com o governo, quando entende que a medida é favorável ao país. No entanto, prosseguiu, vota de forma contrária quando entende que a medida pode prejudicar o Brasil.
— Todos aqui torcem para o Brasil dar certo — disse Ana Amélia.”
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
Nenhum comentário:
Postar um comentário