Campo Grande News
A peregrinação da jovem Camila Batista Brounes, 19 anos, em dois hospitais pouco antes de dar à luz dentro do próprio carro na Avenida Costa e Silva só não terminou no Hospital Universitário porque não havia vaga na unidade, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.
Camila entrou em trabalho de parto na tarde do último sábado (12) e procurou o Hospital da Mulher, localizado ao lado do posto de saúde das Moreninhas. Diante da negativa de atendimento, Camila foi até o Hospital Universitário e também teve a resposta negativa.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, não houve rejeição no atendimento, mas sim, uma falta de vagas em conjunto com a ausência do encaminhamento. Conforme o hospital, a unidade funciona 100% em regime de encaminhamento, situação que não houve no caso da jovem grávida.
Precisando de atendimento urgente, a atitude do HU foi buscar uma vaga na cidade. O local designado pela central de regulação de vagas foi a maternidade Cândido Mariano, no centro da Capital.
Camila então seguiu no carro que estava em direção a maternidade, mas entrou em trabalho de parto e teve o filho na Avenida Costa e Silva com auxílio de uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Sobre a transferência da grávida para a maternidade no próprio carro, a assessoria informou que a jovem não era paciente do hospital, portanto, a transferência foi em meios próprios. Sobre a possibilidade do transporte em uma ambulância, a assessoria afirma que o caso está sendo avaliado e uma nota de esclarecimento deve ser divulgada até o fim da manhã.
Hospital da Mulher – Por ser administrada pela Prefeitura, as informações sobre a possível rejeição da grávida no Hospital da Mulher só podem ser repassadas pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
A reportagem do Campo Grande News tentou inúmeros contatos com a assessoria da Sesau, mas nenhuma ligação foi atendida até o fechamento da matéria.
Parto – O bombeiro que fez o parto de Camila no carro disse no sábado ao Campo Grande News que a ação foi a realização de um sonho. O capitão Venâncio contou que estava no semáforo quando avistou o sinal do motorista do carro.
O capitão acionou apoio de uma viatura de resgate e, em seguida, iniciou os primeiros cuidados. “Monitorei a respiração e as contrações. Primeiro, saiu uma parte da coroa e, 30 segundos depois, o bebê coroou de vez e nasceu no interior de um veículo de passeio”, relatou emocionado. “Foi a realização de um sonho”, emendou Venâncio, que há oito anos é bombeiro.
A criança se chamará Yasmin e logo após o parto a mãe e a recém-nascida foram encaminhadas para o Hospital Universitário onde permanecem internadas.
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