Campo Grande News/ Graziela Rezende e Kleber Clajus
Empresário foi levado para a delegacia. (Foto: Marcos Ermínio)
Duas confusões seguidas, por conta da discussão entre manifestantes e vereadores, marcaram a sessão desta quinta-feira (10), na Câmara Municipal de Campo Grande. Um dos parlamentares chamou a Guarda Municipal e exigiu a retirada do empresário do local, que foi encaminhado para a 1ª delegacia de Polícia.
O tumulto iniciou quando o vereador Elizeu Dionísio (PSL) fez uso da palavra para ler um ofício que trata de irregularidades acerca da gestão do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), já que este ainda não havia nomeado os secretários da Juventude e da Mulher.
Neste instante, irritado, o vereador Alex do PT falou que ele deveria ter lido o documento no início dos trabalhos e compareceu a mesa diretora, na intenção de suspender a leitura. Também alterado, o empresário Rodrigo Costa foi até o vereador Dionísio e o questionou sobre a placa de uma obra da Santa Casa, na ordem de R$ 6 milhões.
“A placa é de 2010 e disse que ficaria pronta em 365 dias, queremos saber onde foi parar este dinheiro”, disse o empresário, ressaltando que ele é fiscalizador e por isso se direcionou a este parlamentar. Irritado, o empresário filiado ao PHS falou que “ele não era ninguém para falar em cassação do prefeito, quando tinha um esquema da sua empresa e foi eleito porque investiu R$ 200 mil na campanha”.
A discussão acabou em xingamentos, sendo que a imprensa flagrou o momento em que o empresário disse “ele é um bosta de um baixinho”. Dionísio então chamou a Guarda Municipal, exigindo a retirada do empresário e voz de prisão por desacato.
Ele foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Centro. Lá, conforme apurou o Campo Grande News, o vereador Marcos Alex (PT) o acompanhou e arranjou um advogado para a defesa do empresário.
O vereador Carlos Borges (PSB), o Carlão, comentou que agressões pessoais não devem ser aceitas. “Temos que cobrar providências”, disse ele. Já o vereador Alceu Bueno (PSL), ressaltou que “não podemos permitir que as pessoas venham nos agredir verbalmente, já que o fato pode se transformar em agressão física”, fala.
Já o vereador João Rocha (PSDB), falou que há critérios para a preservação dos parlamentares, uma vez que os nervos estão “a flor da pele”. Indignado, o vereador Coringa (PSD) comentou que aquele é um cidadão que não representa o povo de Campo Grande.
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