A atual situação do Hospital Municipal Nossa Senhora da Conceição, em Araci, no nordeste baiano, é considerada precária. A avaliação é do médico Jamil Abrão Santos Salvador, que presta serviço à unidade. Segundo o profissional de saúde, que é concursado, atualmente o hospital não conta com procedimento padrão de triagem. Além da falta de controle dos pacientes, o centro de saúde não possuiu segurança ou porteiro, o que facilita a entrada de qualquer pessoa nas dependências do prédio. Além do problema com a segurança, que expõe profissionais e pacientes, a unidade não conta com instrumentos médicos considerados imprecindíveis, como o autoclave – equipamento utilizado para esterilizar os materiais utilizados em diversos procedimentos. Na denúncia encaminhada pelo médico, medicamentos básicos como Dexametasona, Voltaren, Diazepam, além de materiais para sutura e soros específicos deixaram de ser repostos. Na sala de parto, a mesa está enferrujada e forrada com sacos de lixo, as paredes estão sujas e no local não tem nenhum material específico para a realização dos procedimentos. Até um relógio para registrar o horário do nascimento das crianças não tem. Outra preocupação do médico é com a alimentação servida na unidade e com o espaço reservado para o conforto dos profissionais. Segundo ele, existe mofo nas paredes e o repouso dos médicos tem que ser feito no chão do local. No banheiro não existe nem sabonete, nem papel toalha, e os médicos precisam compartilhar a mesma toalha. O médico ainda critica o tratamento dado aos médicos cubanos recém chegados à cidade que, segundo ele, é totalmente diferenciado. O Bahia Notícias tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas os telefonemas não foram completados.
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