Quinze mulheres da Arábia Saudita foram condenadas neste domingo (27) por terem sido flagradas dirigindo durante protestos no sábado (26), em desrespeito a lei islâmica que proíbe as mulheres de sentarem-se ao volante. No sábado à noite, várias mulheres tinham colocado na internet vídeos em que estavam dirigindo, usando o endereço @oct26driving - um perfil do Twitter - naquilo que seria a face mais visível de um protesto iniciado em setembro, e que tinha no sábado o ponto alto, apesar das declarações anteriores do Ministério do Interior, que tinha advertida as cidadãs para não desafiarem a lei islâmica em vigor no país. Segundo a Agência Lusa, foram poucas as mulheres que aderiram ao protesto, que tinha como principal objetivo reivindicar para elas o direito de dirigir. Além de pagar multa, cada uma delas teve, juntamente com o seu tutor (pai, irmão, marido ou outro integrante masculino da família), de assinar um documento, no qual se compromete a cumprir as leis em vigor na Arábia Saudita, um país ultraortodoxo no que diz respeito aos direitos da mulher e o único do mundo onde elas são legalmente proibidas de conduzir. As mulheres também precisam de autorização para trabalhar, viajar e até casar.BN
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