Voltar do "além" não está sendo fácil para Donald Miller Jr. O americano de Fostoria (Ohio) está lutando para que um juiz do estado anule uma decisão que declarou Donald morto em 1994, após desaparecimento de oito anos.
O que acontece é que, segundo a lei de Ohio, a declaração de morte só pode ser anulada em um prazo de três anos. Donald perdeu esse prazo.
O juiz que cuida do caso inusitado reconheceu que é "uma situação estranha".
"Temos aqui o óbvio. Um homem sentado no tribunal que parece em bom estado de saúde. Mas você ainda está morto de acordo com a lei", acrescentou o magistrado Allan Davis.
Robin Miller, ex-esposa de Donald, afirmou que o marido sumira porque eledevia cerca de US$ 26 mil (R$ 57 mil) de pensão para os filhos do casal, de acordo com o "Findlay Courier".
Além da batalha legal para ser reconhecido como vivo, o americano tem outro problema: a ex-mulher recebeu durante vários anos um auxílio da Previdência Social por causa da "morte" de Donald.
Nos anos em que esteve sumido, Donald viveu na Flórida e na Geórgia até voltar a Ohio, em 2005, e tomar conhecimento da sua "morte" pelos pais. "Morto", o americano não pode ter carteira de motorista, documento de identidade e está impossibilitado de abrir conta bancária.
"Não achei que isso pudesse ir tão longe", desabafou Donald.
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