(EFE).- Uma menina de quatro anos foi resgatada neste sábado após permanecer 40 horas sob os escombros de um edifício que desabou na Índia e deixou 72 mortos, um novo "milagre" que põe fim aos trabalhos de resgate, informaram os meios de imprensa locais. A menina foi encontrada com vida nesta manhã, mas sua mãe morreu no desastre e seu pais e irmãos estão desaparecidos, segundo a rede de televisão "NDTV". Esse "milagre" se soma ao de uma bebê de 10 meses, que foi resgatada ontem à noite após permanecer 29 horas sob os escombros, embora seus pais não tenham sido encontrados. Além disso, uma mulher foi salva após passar 36 horas soterrada, e até agora 134 pessoas foram retiradas dos escombros pelas equipes de resgate, 62 delas com vida. As autoridades deram por encerrados os trabalhos de resgate no edifício de sete andares que desabou na quinta-feira, causando a morte de 26 crianças. Muitas das vítimas eram operários que trabalhavam na construção do oitavo andar do edifício, no qual viviam temporariamente, informou o "The Times of Índia". O edifício não contava com as permissões de construção e foi levantado em seis semanas com materiais de pouca qualidade. O Governo de Maharashtra, estado no qual se encontra a cidade de Thane, iniciou uma investigação para esclarecer como o edifício foi construído ilegalmente sem que nenhuma autoridade advertisse a obra. O comissário adjunto municipal e um responsável da polícia da zona foram suspensos de seus cargos. As construções ilegais com materiais de duvidosa qualidade são relativamente comuns na Índia. "90% dos edifícios da zona de Thane são ilegais", manifestou à "NDTV" o comissário municipal, R. A. Rajeev, da cidade onde ocorreu o acidente. As autoridades anunciaram compensações de 200 mil rúpias (2.800 euros) para os parentes dos falecidos no acidente e 50 mil rúpias (700 euros) para os feridos. Os dois donos do imóvel, Jamil Qureshi e Salim Shaij, desapareceram e a Polícia local interpôs contra eles uma ordem de busca e captura por homicídio.
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