Alguns livros didáticos de história do Brasil utilizados pelas escolas militares do país não contém informações imprescindíveis para o entendimento de alguns episódios da ditadura militar (1964-1985). Um livro da coleção Marechal Trompowsky relata que o golpe foi instaurado “por grupos moderados e respeitadores da lei”. A publicação afirma também, que o Congresso declarou a Presidência da República vaga antes de eleger o general Castello Branco presidente, logo após o golpe, mas omite o fato de que o presidente deposto João Goulart ainda estava no país. Em todo o território existem 12 escolas militares com um total de 14 mil alunos matriculados entre o 6º ano e o 3º ano do ensino médio. O livro "500 anos de História do Brasil" diz que a Guerrilha do Araguaia (1972-1975) terminou após "a fuga dos líderes", sem fazer referência às mortes e ao desaparecimento dos guerrilheiros encontrados pelo Exército. O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, relatou que os livros podem ser recomendados pela entidade. "É preciso respeitar a autonomia (das escolas militares), mas não se pode fugir completamente ao programa adotado nas outras escolas públicas e privadas”, afirma. Em nota o Ministério da Educação afirmou que não pode interferir no currículo das escolas militares. Com informações da Folha. BN
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