Um dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal incumbidos de julgar o processo do mensalão, Marco Aurélio Mello disse ontem ao Estado que reprova a convocação de sessões extras para garantir a participação do colega Cezar Peluso - que se aposenta compulsoriamente no dia 3 - e mostrou-se crítico à tese de que é preciso um "ato de ofício" para condenar um réu por corrupção.
"O que vão querer em termos de provas (de corrupção)? Uma carta? Uma confissão espontânea? É muito difícil", afirmou Marco Aurélio, ressaltando que não adiantaria seu voto.
Um dos poucos no Judiciário a falar e agir com tal destemor - em especial no STF, onde está desde 1990 -, o ministro faz um alerta em relação à convocação de mais sessões para garantir os votos dos 11 ministros. "Você não pode manipular quórum para chegar a resultado. Mais sessões, a rigor e em última análise, está manipulando o quórum", ponderou, recorrendo a uma dose de ironia para argumentar. "Vamos nos reunir em sessões matinais, vespertinas e até noturnas, quem sabe, para ele (Peluso) poder votar? Qual é o peso do voto dele? É 1, igual ao dos demais." Leia tudo em http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/mensalao/story.aspx?cp-documentid=253163227
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