Ao falar de "ato de ofício", Lewandowski citou o voto do decano do STF, Celso de Mello, na ação penal 307, que absolveu o ex-presidente Fernando Collor de crimes por falta de provas. Outras decisões de ministros da Corte, inclusive no recebimento da denúncia do processo atual, foram citadas ao longo do voto.
O ministro ressaltou ainda o que considerou provas de que o valor foi repassado pelo PT para realizar pesquisas políticas em Osasco, reduto político do deputado, que é candidato à prefeitura na eleição de outubro. Um dos principais argumentos usados por Lewandowski a favor de Cunha foi ele ter enviado a mulher à agência do Banco Rural fazer o saque.
Até mesmo advogados de defesa apontaram uma contradição neste ponto com a condenação pedida a Pizzolato, que não teria sabido explicar com sucesso o destino do dinheiro, segundo o ministro.
Cunha foi ainda inocentado dos crimes de peculato por autorizar supostas terceirizações dos contratos da SMP&B e pela contratação da IFT, empresa do jornalista Luiz Costa Pinto. Lewandowski afirmou que havia provas suficientes de que o jornalista trabalhava a serviço da Câmara.
Com o voto pela absolvição de Cunha, Lewandowski em sequência pediu absolvição de Valério, Paz e Hollerbach.
NOVAS DIVERGÊNCIAS
Ao final do voto do revisor, o relator do processo afirmou que gostaria de fazer esclarecimentos em relação ao seu próprio voto antes de os demais ministros começarem a falar, o que era esperado para ocorrer na segunda-feira.
Uma nova divergência entre os ministros ocorreu porque Lewandowski afirmou que gostaria de realizar uma tréplica, a partir das observações de Barbosa.
Com o pedido de Barbosa, a próxima semana deve começar com a fala do relator e, só depois, os outros nove ministros iniciarão seus votos. De http://br.reuters.com/
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