Por: Daniela Ferreira/ PORTAL N3
O governador Jacques Wagner, nesta quinta-feira (31) em Teixeira de Freitas foi recepcionado no Espaço D Cerimonial por professores estaduais e estudantes que aproveitaram para protestar a greve dos educadores que já duram 49 dias.
De início foi dificultoso o acesso dos professores e alunos, onde foi desenvolvido um esquema de segurança com diversos policiais para total apoio ao governador.
Em entrevista ao PORTAL N3 a Professora Brasília, presidente da APLB em Teixeira de Freitas, acredita que é uma injustiça por parte do Partido dos Trabalhadores (PT), afinal “as pessoas que estão aqui estão preocupadas com a educação na Bahia, ao contrário do governador que hoje se completa 48 dias de greve e não está preocupado”. Para ela, o Plano de Desenvolvimento sustentável da Costa das Baleias é de suma importância para a região, mas, “o engenheiro que poderia sair daqui desse grupo de alunos, estão sendo prejudicados” destacou.
Segundo Brasília, o sindicato já fez todas as propostas possíveis, porém, Jacques Wagner primeiro disse que não tinha acordo, e agora diz que não tem dinheiro. De acordo com a mesma, o governador Wagner está descumprindo a Lei federal que possibilita a volta dos professores e alunos para sala de aula, pois, “isso mostra como ele é realmente preocupado com os filhos dos trabalhadores, desse modo, se não tem dinheiro, abra as contas do FUNDEB e mostre-as” indignada ressaltou.
Em uma coletiva com a imprensa, o Governador Jacques Wagner afirma que o sindicato suspendeu a negociação. Defende que o governo do estado está sendo vítima, pois “os rodoviários de Salvador entraram em greve e saíram com 7,5%, os metroviários de São Paulo entraram em greve e saíram com 6,5%. O governo do estado, sem guerra ofereceu reajuste desde 1º de janeiro de 6,5% pra todo mundo e pra algumas categorias de professores, 12%”.
Ainda de acordo com Wagner, a primeira faixa dos professores licenciados receberam 11.6% de reajuste e as outras categorias todas com reajuste de 6,5%. “O sindicato entrou em um processo de irracionalidade, tem desfilado ódio e agressão que não é próprio dos educadores, portanto, o bom senso precisa voltar, eles têm que voltar pra sala de aula e não comprometer o ano letivo, pois os alunos tem o direito de cumpri-lo”. Diz que, “reivindicação salarial a gente faz o ano inteiro, pois eu também fui sindicalista e quero insistir que o salário da Bahia está entre os 7 salários melhores do país”.
Para o executivo do estado não há a menor possibilidade de dar 22% aos professores, uma vez que, “o piso nacional é de R$: 1 451,00 e o nosso é de R$:1 659,00, já o piso pra quem tem licenciatura é de R$:2.200,00 para 28hs de sala de aula e 12 hs por preparação por semana. “Não posso concentrar tudo nos professores, serei irresponsável” esclareceu.
Sendo assim, espera-se que tudo possa ser resolvido, afinal, “ queremos apenas estudar, e isso é um direito nosso” falou a aluna Amanda Gonçalves.
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