Do UOL, em São Paulo
Sindicatos de todo o país vão se reunir nesta terça-feira (5), em Brasília, na Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais para apresentar a pauta de reivindicações da campanha salarial da categoria e discutir a possibilidade de greve geral a partir do próximo dia 11.
São esperados mais de 10.000 manifestantes, que se concentrarão a partir das 8h na praça da Catedral. Por volta das 10h, a marcha seguirá pela Esplanada dos Ministérios em direção à praça dos Três Poderes para protesto em frente ao Palácio do Planalto. Depois, os manifestantes seguirão para o Ministério do Planejamento para pedir uma reunião com a ministra Miriam Belchior.
Após a marcha, às 14h, o comando de greve dará uma entrevista coletiva na sede do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Às 15h, haverá uma assembleia para votar a greve geral unificada.
A pauta de reivindicação inclui reajuste de 22,08% (correção da inflação e variação do PIB desde 2010), política salarial permanente --com reposição inflacionária--, valorização do salário-base e incorporação das gratificações. Os servidores também reivindicam o direito à negociação coletiva no setor público, com definição de data-base em maio.
O Ministério do Planejamento informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "o governo aposta no entendimento e vem dialogando de forma permanente com os representantes dos servidores" e que, "de março até o início de junho deste ano, já foram realizadas mais de 100 reuniões com entidades representativas dos servidores".
Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, uma das entidades que organiza a marcha, diz que os servidores devem seguir o exemplo dos professores de instituições de ensino federais, que entram hoje no 19º dia de paralisação. “Agora é hora de aprovar o início da greve e intensificar a mobilização na categoria.”
Desde o início da greve dos professores, no dia 17 de maio, 49 instituições já aderiram ao movimento, de acordo com o sindicato Andes. A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira e melhores condições de trabalho.
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