O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, acusou políticos do PSDB, PT e DEM de buscarem dinheiro no órgão ligado para pagar dívidas de campanha e fazer caixa dois. À revista Istoé, Pagot disse que se sentiu pressionado a aprovar aditivos ilegais no valor de R$ 260 milhões ao trecho sul do Rodoanel, em São Paulo, que teria sido usado para abastecer suposto caixa dois da campanha tucana. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o [ex-governador tucano José] Serra, 20% para o [prefeito Gilberto] Kassab [então DEM, atual PSD] e 20% para o [atual governador Geraldo] Alckmin”, acusou. Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas garante que nem o aditivo para as obras em São Paulo nem o favor a Demóstenes foram liberados. No entanto, ele afirmou que, quando ocupava a diretoria do órgão, recebeu do tesoureiro da campanha do PT, deputado José De Filippi (SP), um pedido para arrecadar recursos junto às empreiteiras. “Cada um doou o que quis. Algumas enviavam cópia do boleto para mim e eu remetia para o Filippi. Outras diziam ‘depositamos’”, disse. Essas doações, segundo o ex-diretor, teriam sido feitas pelas vias legais. Em resposta, a assessoria de José Serra afirmou que a acusação é “calúnia pré-eleitoral aloprada” e que serão tomadas “as medidas judiciais cabíveis”. A assessoria de Kassab classificou a denúncia de Pagot como “improcedente e mentirosa”. Filippi admitiu ter se encontrado com o ex-diretor, mas negou as acusações. De Bahia Noticias
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