Com 30 anos de carreira, o cantor Leonardo, 48, passou pelo segundo momento mais difícil de sua vida neste ano ao ver o filho Pedro, 24, sofrer um grave acidente de carro e ficar em coma durante 30 dias. Mesmo assim, não cancelou sua agenda de shows, tendo inclusive feito uma aparição no “Domingão do Faustão” na semana em que o filho se acidentou. Sua atitude originou muitas críticas, mas Leonardo diz, em entrevista à revista “Veja” publicada neste sábado (2), que nunca foi um pai presente, embora não se culpe por isso.
“Não fui um pai presente. Me preocupo com meus filhos, mas não posso estar junto. Quem vai pagar as contas? Minha fonte de renda são os shows. Não me culpo. Sou um artista com quase 30 anos de carreira, ainda faço 120 shows por ano. E sou um pai meio bundão. Nunca dei conta de mandar em ninguém, meus filhos me fazem de gato e sapato. Mas dou muito conselho também, sobre bem viver. Cantei minha juventude toda com o Leandro em boate onde tinha prostituta e drogado. E nunca encostei em nenhum cigarro.”
O cantor contou ainda que a atitude em relação ao filho foi a mesma que tomou quando seu irmão Leandro (morto há 14 anos e com quem Leonardo formava uma dupla sertaneja) descobriu que tinha um câncer. O cantor inclusive destaca que tanto o acidente do filho quanto a descoberta da doença do irmão foram na mesma data em que Pedro: 20 de abril.
“Vêm me dizer: ‘você deveria ter cancelado os shows’. Mas ninguém sabe o problema que é cancelar um show anunciado, com 10 mil ingressos vendidos. O Pedro está em boas mãos. Quando o Leandro estava internado, eu não parei. Era ele que dizia: ‘vai lá cantar, bicho’, me dava força.”
Na entrevista, Leonardo também demonstra que não foi uma fortaleza durante todo o tempo ao relatar a dor do filho ao operar o fêmur. “Ele gritava de dor, fiquei desesperado. Olhava para a enfermeira e dizia ‘ô minha filha, dá um punhado de morfina para ele, uai!”
Hoje, no entanto, o cantor já comemora a recuperação de Pedro, observando atitudes corriqueiras como o fato de o jovem já ter comido um prato de macarrão. Também relata a emoção de o rapaz tê-lo reconhecido ao acordar do coma. “Quando nos vimos, o médico perguntou: ‘sabe quem é esse aí?’ e ele respondeu: ‘pai’. A voz saiu baixinha... Agora chego ao hospital e ele já diz ‘bênção pai’, ‘eu te amo, pai’.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário