A enfermeira Elize Araújo Kiutano Matsunaga, de 38 anos, confessou ter matado e esquartejado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, dono da empresa de alimentos Yoki. Ela fez a confissão nesta quarta-feira, em depoimento que começou às 11h no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo. O empresário estava desaparecido desde 20 de maio, e foi encontrado esquartejado no último dia 27. Seu corpo foi enterrado nesta terça-feira 5.
Ela contou ter atirado no marido, com quem tem uma filha, e esquartejado seu corpo no quarto de empregadas da cobertura do casal na Vila Leopoldina. Ela chegou a mostrar à polícia a arma utilizada no crime. A polícia pediu à Justiça de Cotia prorrogação da prisão temporária da acusada, que está detida desde segunda-feira.
A esposa do empresário havia deixado algumas pistas, segundo declarações da Polícia Civil. As partes do corpo de Matsunaga, encontradas em uma estrada no município de Cotia, na grande São Paulo, estavam embaladas em sacos azuis, encontrados também no apartamento do casal. As suspeitas ficaram ainda mais evidentes quando câmeras do prédio gravaram o dono da Yoki descendo à portaria para buscar uma pizza, na noite de 20 de maio, última vez que foi visto. Na manhã seguinte, a viúva desceu com três malas e voltou por volta de 23h, de mãos vazias.
Segundo o depoimento de Elize, o crime foi motivado por ciúmes, provocado após a descoberta de uma traição por parte dele, mas a polícia não descarta a motivação financeira. Matsunaga estava envolvido diretamente num negócio de R$ 2,2 bilhões. A companhia Yoki, que ele dirigia ao lado do pai e do irmão, foi vendida para a gigante americana de alimentos General Mills. O pagamento deverá acontecer no segundo semestre, quando se inicia do ano fiscal nos Estados Unidos. O empresário participava dos acertos finais da negociação. Além disso, ela e a filha teriam direito a receber R$ 600 mil pelo seguro, com a morte do marido. De 247
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